O deputado estadual e ex-primeiro secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, Mauro Savi (PR), disse que não teme as investigações quanto ao suposto esquema de desvio de dinheiro público da Casa. Ele foi citado pela reportagem do Fantástico, no último domingo (22), por ter assinado notas promissórias supostamente irregulares entre o ex-deputado preso, José Riva (PSD) e o empresário Júnior Mendonça.
Embora as denúncias contra o parlamentar sejam graves, Savi declarou que recebeu com normalidade a informação. O deputado disse que, no máximo, deve pagar a conta da nota em que assinou.
“[Recebi] com normalidade. Eu estou na reportagem como avalista de uma promissória de um amigo meu. No dia em que fui solicitado a avalizar para ele, eu devia ter crédito para isso e confiabilidade. O que pode acontecer é eu ter que pagar esta conta, ou tentar pagar a conta pelo menos agora”.
Savi ainda se defendeu, dizendo que exerceu somente como avalista do caso, função que depende de uma pessoa de confiança entre os envolvidos. E que, atualmente, atua da mesma forma com outros deputados da Casa.
“Agora, um aval de uma promissória, ou de alguma coisa neste sentido, é uma questão de confiança entre o sacado e o excedente. O avalista é uma pessoa que meramente faz formalidade, alias, diga-se de passagem, eu sou avalista de Guilherme Maluf, de Baiano, de vários deputados da Assembleia. Isso é prática entre os amigos da Assembleia. É um valor alto? Com certeza. Agora eu sou avalista de vários deputados da Assembleia”.
Sobre as investigações, o deputado salientou que só irá se manifestar após o fim do inquérito. E lamentou as acusações, antes que as irregularidades que envolvem o seu nome, sejam provadas.
“Quando for provado isso, eu vou responder. Por enquanto está sob investigação. Mesmo sabendo, há muitos eleitores já julgando como a própria justiça, a gente é obrigado a escutar isso ai. E com certeza vou procurar a minha defesa”.