O deputado Mauro Savi (PSB) afirmou, hoje, que não tem medo das investigações oriundas da Operação Bereré, onde foi acusado pelo ex-presidente do Departamento de Trânsito (Detran) de ser um dos políticos que mais receberam propina da empresa que presta serviços para a autarquia. Savi foi um dos alvos dos mandados de busca e apreensão cumpridos, ontem, e o desembargador José Zuquim Nogueira negou pedido do Ministério Público que queria prendê-lo.
“Nada me assusta" e "vou responder pelos ‘diz que’ e pelos ‘achos’ de delatores na justiça. E se tiver que responder a vocês, eleitores, será nas urnas. Agora aqueles que querem me por medo, esquece”. "Ainda tenho um mandato para terminar e vou terminar ele olhando nos olhos das pessoas", rebateu.
“Não é novidade nenhuma. Quero deixar bem claro àqueles de plantão que estão torcendo. Eu não tenho medo nem da CPI e nem do MP (Ministério Público do Estado]. E vou continuar, sim, à frente, votando com minhas convicções, respeitando a todos, mas sem medo nenhum”, disse o deputado. Ele disse que permanecerá Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos da Educação – Transporte e Habitação apurando se o governo do Estado usou recursos para quitar dívidas em outras áreas
O parlamentar foi acusado pelo ex-governador Silval Barbosa de ter o comando político do Detran, indicando o presidente, durante seu mandato. Teodoro Moreira Lopes, o Doia, que fez a delação premiada, foi indicado por Savi. O esquema consistia no pagamento de propina pela empresa FDL Serviços de Registro, Cadastro, Informatização e Certificação de Documentos Ltda a diversas empresas de fachada ligadas a parlamentares. Apenas em um dos repasses, de acordo com o delator, ele teria recebido R$ 750 mil.
Além de Savi, o GAECO do Ministério Público e Polícia Civil investigam o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (PSB), op ex-deputado federal Pedro Henry, além de servidores e das empresas que mantinham e mantém contratos com o Detran.