O prefeito de Rondonópolis, Adilton Sachetti, se transformou numa espécie de “cruz política” para o governador Blairo Maggi carregar no projeto da reeleição. Na cidade, todos atribuem o mal desempenho do governador no plano das opiniões à administração do empresário. Numa pesquisa realizada pelo Instituto Mark Freitas, o governador aparece 21 pontos percentuais atrás de José Carlos do Pátio, do PMDB, numa eventual disputa ao Governo do Estado.
O quadro é, no entanto, mais preocupante do que se possa imaginar para o lado do governador-candidato a reeleição. A voz reinante na cidade é de que quem for o candidato de oposição sairá vitorioso na cidade. Ou seja: na própria base eleitoral do governador. Isso significa, fundamentalmente, que o Governo vai precisar “carrear” ações políticas para dentro do município.
A reclamação contra Adilton Sachetti é quase generalizada. Algumas pessoas criticam o prefeito pelo seu comportamento “marrento”, de pouco diálogo. “Ele não gosta de discutir nada com ninguém e toma as medidas que julga ideais” – dizem interlocutores. Um dos fatores que ajudou muito a “melar” a imagem do prefeito – e, por tabela, do governador Maggi – diz respeito ao aumento do IPTU, e da água. Houve reajuste da tarifa de ônibus, que subiu para R$ 1,85.
Sachetti também tem se mostrado impopular no trato com os eleitores. Uma das histórias que se conta no meio jornalístico da cidade registra que um munícipe foi até o prefeito reclamar por obras no bairro. Seco, Adilton perguntou o nome do morador e foi conferir uma lista. A resposta foi cirurgicamente mortal: “Você não pagou o seu IPTU. Portanto, não tem direito de reclamar de nada”.