O ex-secretário Luiz Pagot deve ser aprovado hoje, na Comissão de Infra-estrutura do Senado, para ocupar um dos cargos mais importantes no Governo Federal: a presidência do Departamento Nacional de Infra-estrutura, com orçamento anual de R$ 12 bilhões para manutenção e expansão de rodovias no país. Depois de dois meses de espera, forte oposição do PSDB, que votará contra sua indicação, e outras situações adversas, Pagot fica mais próximo ocupar o cargo mais expressivo destinado por Lula para Mato Grosso.
A mais recente projeção aponta que Pagot terá pelo menos 4 votos contrários, dos senadores do PSDB, mas deve ser aprovado com votos do DEM, PT e PMDB que são maioria na comissão, composta por 24 senadores.
O próximo passo é ser aprovado pelo plenário do Senado. E, de acordo com uma fonte de Só Notícias, se a tramitação não andar rapidíssimo, ficará para ser votada no segundo semestre, a partir de agosto e Pagot só assumiria o DNIT dentro de aproximadamente 45 dias. O governador Blairo Maggi foi a Brasília para fortalecer as articulações e garantir que a situação seja resolvida logo. Mas não é tarefa fácil. Ontem, até às 23:00hs, Pagot estava em reuniões com aliados.
O PSDB conseguiu retardar a apreciação e trouxe desgaste para Pagot com o caso dele ter sido assessor no Senado, entre 1995 a 2002 e, ao mesmo tempo, trabalhado em uma empresa de Blairo, no Amazonas. O senador Mario Couto (PSDB-PA) chegou a pedir, no plenário, que ele devolvesse os R$ 400 mil que recebeu em salários do Senado. O corregedor, Romeu Tuma, anunciou que investigaria o caso.
Pagot diz que não cometeu irregularidade e que declarou os dois rendimentos no Imposto de Renda. Mas não foi suficiente para acalmar a oposição.
Houve pedido de vistas, semana passada, quando haveria a primeira sabatina e hoje a comissão deve dar o desfecho final para o caso. Se não houver outras ‘supresas’.