Ex-primeira-dama do Estado, Roseli Barbosa, acaba de deixar o prédio do Batalhão do Corpo de Bombeiros, em Cuiabá. A ex-secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social deixou o local com o rosto com alguma peça de roupa e escoltada por agentes do Setor de Operações Especiais (SOE), da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, e seguiu ao fórum da capital, onde teve audiência com a juíza Selma Rosane Santos Arruda, titular da 7ª Vara Criminal.
Na audiência, a magistrada comunicou para a esposa do ex-governador Silval Barbosa as condições que deverão ser observadas por ela enquanto estiver respondendo em liberdade ao processo relativo a uma suposta fraude de R$ 8 milhões na pasta que ela comandava na gestão do marido. Ela não usará tornozeleira eletrônicas, mas deve, em 24 horas, entregar seu passaporte e está probida de ir à Secretaria de Trabalho e Assistência e manter contato com testemunhas. O esquema foi investigado na operação Arqueiro deflagrada em abril de 2014 pelo Grupo Especial de Atuação contra o Crime Organizado (Gaeco).
Francisco Faiad, advogado que acompanhou a ex-primeira-dama na saída a prisão, disse que por enquanto não tem informações sobre as medidas cautelares que serão impostas pela magistrada. Na audiência, ela segue acompanhada pelo advogado Ulisses Rabaneda, que também patrocina a defesa de Roseli e foi impetrou o habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que revogou a prisão preventiva decretada por Selma Rosane e cumprida no dia 20 deste mês.
Com a liminar dada pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca, relator do recurso na 5ª Turma do STJ, um telegrama judicial foi enviado ao Judiciário de Mato Grosso e coube a Selma Rosane expedir o alvará de soltura, esta tarde.
(Atualizada às 22:41hs)
