Ao final das duas audiências de instrução realizadas, ontem, o ex-deputado estadual José Riva, preso desde outubro do ano passado no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), comentou a mais recente denúncia proposta pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) contra seu ex-genro, o vereador cassado João Emanuel Moreira Lima. Ele negou a informação de que um dos cheques recebidos por Emanuel da Propel, empresa que teria sido usada no desvio de recursos públicos da Câmara de Cuiabá, foi empregado no pagamento de uma obra em sua residência.
“Esta é uma afirmação absolutamente mentirosa, Minha casa há dez anos não é reformada e não tem dez anos que eu conheço ele. Simplesmente ele pode ter construído uma casa, mas a minha casa há mais de dez anos não passa por nenhum processo de reforma”.
Riva não é investigado ou denunciado por conta deste cheque, uma vez que não é possível ter certeza de que ele saberia da origem de tais recursos. O ex-deputado destacou que não cabe fazer nenhum comentário a respeito da situação jurídica de Emanuel. “Acho que não cabe comentário nisso porque o João Emanuel tocou a vida dele da forma como bem entendeu assim como eu toco a minha. Cada um responde pelo que faz”.
Sobre o fato de estar preso preventivamente em decorrência da operação Célula-Mãe, deflagrada pelo Gaeco, Riva classificou o fato como injusto. “Eu sempre estive muito disponível para a Justiça, nunca me furtei de nada e nós vamos sempre contribuir com a Justiça. Pela forma como sempre agi não merecia estar preso em razão da minha contribuição. Pelo contrário, sempre ajudei”.
Emanuel foi denunciado pelo crime de lavagem de dinheiro, após os promotores conseguirem rastrear parte dos cerca de R$ 1,5 milhão supostamente desviados dos cofres públicos. A denúncia ainda não foi apreciada pela Justiça.