O primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PP), se defendeu, durante sessão desta quarta-feira (01), das acusações desferidas pelo Ministério Público Eleitoral sobre suposta compra de votos. O MPE pede a cassação dos diplomas de Riva e do deputado federal eleito Eliene Lima (PP) alegando também gastos ilícitos durante a campanha eleitoral.
Riva explicou que existem muitos casos parecidos em todo o Estado. “Em Mato Grosso existem pelo menos 400 casos parecidos, porque há acusação só contra o deputado Riva. A Justiça vai ter toda a oportunidade de verificar no processo que não houve compra de votos”, observou.
Eliene Lima afirmou que o Ministério Público Eleitoral cumpre o seu papel ao zelar pelo cumprimento das leis, mas “é preciso que seja também responsável na exposição pública dos eleitos e daqueles que disputaram as eleições. Lamento que o nosso nome seja colocado em um evento em que não estive presente. Não estive naquela data, muito menos no jantar”.
Riva disse ainda estar tranqüilo, porque tudo que foi gasto durante o processo eleitoral está contabilizado. Segundo o parlamentar, o MPE faz exercício de ‘futurologia’. “Eles encontraram um dinheiro que possivelmente poderia ser entregue em determinado lugar”, observou.
Em relação a denúncia de ter patrocinado um churrasco em Tangará da Serra, Riva afirmou que “somente eles (MPE) viram esse churrasco. Nunca estive em churrasco em Tangará da Serra. Estive lá e sai e, não vi nenhuma garrafa de água para beber. Não existiu isso. Por isso estou tranqüilo, porque temos condições de provar”.
Já com relação ao combustível, Riva disse que o mesmo foi utilizado apenas para o carro de som e em veículos utilizados durante a campanha. De acordo com o parlamentar tudo foi contabilizado.
Riva afirmou ainda que sua defesa já está preparada. “Tínhamos consciência que isso ocorreria. Nossa defesa já está totalmente preparada e quando formos notificados, ela será entregue ao Tribunal Regional Eleitoral. Um candidato que trabalhou todos esses anos como eu, não precisaria comprar votos. Sou um deputado que luta e não preciso desse artifício”.
Já em referência ao dinheiro encontrado em Santo Antonio do Leverger no dia da eleição, Riva foi taxativo “não era somente aquilo, era mais. É que ele (Edmar Gálio) já tinha gastado um pouco. Lá tinha cabos eleitorais contratados legalmente e o dinheiro era para pagá-los. Inclusive, eles (MPE) apreenderam os contratos. Isso que é gozado. Porém nunca disseram isso”, observou.