O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), disse hoje que a "nova composição do Parlamento, em que pese a renovação, não foi tão grande assim (são apenas 10 deputados novos), ajuda muito mais o governo fazendo um contraditório e contraponto sério", declarou Riva, citando que a casa, este ano, já derrubou um decreto da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as licenças emitidas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) para concessão de usinas. "Este é um setor que gera divisa para o estado e que está perdendo credibilidade. A Assembleia dará uma grande contribuição para aperfeiçoar a legislação. Temos a obrigação se não de acabar, pelo menos inibir a especulação nesta área", aponta.
Ainda citou como contraponto a discussão sobre mobilidade urbana envolvendo o Bus Rapid Transit (BRT) e outros modais de transporte sobre trilhos. "Quando a Assembleia faz esse contraponto, às vezes, é mal entendida. Corremos risco de chegar em 2014 e lamentar o que não foi feito. A nossa defesa é por um modelo moderno. Não é possível que queiramos em Cuiabá, com ruas apertadas, um modelo central como o BRT ao invés de um sistema mais correto e limpo. O BRT pode ser importante para alimentar o sistema central", afirma Riva lembrando que na última reunião com o governador Silval Barbosa (PMDB), os 16 deputados presentes defenderam o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
Neste sentido, reafirmou as vantagens do VLT que só renova a frota a cada 30 anos e o BRT em sete anos. "O BRT será um sistema saturado em três anos e muito mais caro. E sobre o preço da passagem, primeiro, que não teve vontade política de fazer um estudo mais aprofundado. À época, cobrei o Blairo Maggi (governador) umas sete vezes e depois fiz uma audiência pública", destacou o deputado citando que há 10 anos o então prefeito Roberto França quis implantar o VLT.