sexta-feira, 17/maio/2024
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Riva alega que trocou nomes e diz que Dilmar Dal Bosco não recebeu propina na Assembleia

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O advogado Rodrigo Mudrovitsch, que faz a defesa do ex-deputado José Geraldo Riva, informou, há pouco, que o seu cliente não denunciou o deputado Dilmar Dal Bosco (DEM) em esquema de propina na Assembleia Legislativa. "Ele quis dizer Gilmar, (se referindo ao Gilmar Fabris, do PSD), e acabou levando os jornalistas que acompanharam a audiência ao equívoco", esclareceu Mudrovitsch.

Riva (sem partido) admitiu que aceitou dinheiro de propina quando estava na Assembleia Legislativa e ainda prometeu restituir o montante de R$ 700 mil aos cofres públicos. O valor teria sido pago a ele, por meio de um esquema descoberto após a deflagração da operação Ventríloquo, do Grupo Especializado de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – que investiga o desvio de R$ R$ 9,5 milhões que deveriam ter quitado uma dívida da Assembleia com o banco HSBC.

Além disso, Riva apontou os colegas parlamentares Mauro Savi (PSB), Romoaldo Júnior (PMDB), Luciane Bezerra (PSB), e Guilherme Maluf (PSDB) como beneficiários do esquema. Gilmar Fabris também teria sido acusado de participar do esquema. “Só quero dizer que não vou poupar ninguém pela verdade. O que tiver meu aqui vai ser meu, o que tiver dúvidas, será meu também. Não quero colocar nas costas de ninguém”, afirmou Riva ao responder alguns questionamentos da juíza Selma Rosane – responsável pelo caso – sobre a lista dos beneficiados.

O ex-parlamentar explicou que os deputados, por meio de uma lista, “redistribuíram o dinheiro para empresas parceiras e para pessoas de seus interesses”. Visivelmente alterado emocionalmente, o ex-deputado, apontado como o “cabeça” do grupo criminoso, decidiu falar tudo o que supostamente sabe. Riva mencionou detalhes como datas, nomes e valores exatos dos repasses que foram comandados pelos participantes do esquema.

Os valores, segundo Riva, foram redistribuídos da seguinte forma: o atual presidente da Assembleia Legislativa, o tucano Guilherme Maluf (por meio de um assessor) teria recebido R$ 95 mil; o deputado Romoaldo teria ficado com R$ 1 milhão; o terceiro deputado citado foi Mauro Savi, que teria recebido cerca de R$ 1 milhão; o quarto parlamentar foi a deputada Luciane Bezerra, com a participação de R$ 50 mil. A defesa não confirmou qual seria o suposto envolvimento de Fabris.

Os valores foram pagos em três parcelas entre fevereiro e abril de 2014, desviado da Assembleia, segundo MP, com a participação dos 4 réus – José Riva, o advogado Júlio César Domingues Rodrigues, o ex-secretário geral da AL, Luiz Márcio Bastos Pommot, e o ex-procurador da Assembleia, Anderson Flávio de Godoi. Parte foi destinada ao banco e outra parte desviada pelo advogado Joaquim Fábio Mielli Camargo, delator do esquema, e 45% devolvidos a José Riva e aos demais réus.

Outro lado – o deputado Romoaldo descarta o seu envolvimento, pois alega não conhecer o advogado Joaquim Fábio Mielli Camargo, delator do esquema. Para Romoaldo, a declaração de Riva é estranha e já que não teria articulado nada junto ao deputado Mauro Savi.

O presidente da Assembleia, Guilherme Maluf disse que vai solicitar os autos do processo para analisar a menção de seu nome por Riva. Também disse que irá investigar quem é o suposto assessor que teria distribuído dinheiro em seu nome e apurar e punir os responsáveis.

“Está louco, nem sei do que se trata esse processo de pagamento ao HSBC. Nunca participei de nada naquela Casa e jamais conversei com ele”, disse Luciane Bezerra, que ainda complementou dizendo que “ele deve estar fazendo isso na tentativa de me prejudicar, mas cabe a ele agora, provar o que disser’, uma vez que Luciane é pré-candidata à prefeitura de Juara.

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