O ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (sem partido), foi até o fórum de Cuiabá, esta tarde, para ser ouvido pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda, em nove ações penais referentes a ações da operação “Arca de Noé”. No entanto, Riva alegou que não tinha condições físicas e nem psicológicas de falar sobre o caso, além de não ter olhado o processo.
A magistrada ainda tentou continuar a audiência, porém, minutos depois encerrou a mesma. “O meu cliente não está em condições hoje. Ele se apresentou, mas não tem condições. São nove ações complexas. É impossível alguém prestar depoimento de ampla defesa a altura neste estado. Ele não se opõe a falar, mas não tem condições”, disse o advogado de José Riva.
De acordo com o promotor Sérgio Silva da Costa, Riva e Humberto Bosaipo desviaram, entre os anos de 2000 a 2002, mais de R$ 100 milhões para realizar campanhas eleitorais. "Somente uma empresa fantasma recebeu R$ 65 milhões, então, eu acredito que o valor é muito maior".
A operação foi deflagrada pela Polícia Federal, em 2002. Conforme a denúncia, o Riva e Bosaipo autorizaram a emissões de cheques para empresas fantasmas que foram descontados na factorings do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro (preso por corrupção).
A audiência de hoje já havia sido remarcada. Riva deveria ter sido ouvido no último dia 3, mas por problemas de saúde a audiência foi suspensa. Ele apresentou um atestado de oito dias de um médico do Centro de Custódia da Capital (CCC), informando que ele estava com crise de teve vertigens, agravada de labirintite e hipertensão.
Riva está preso, desde o ano passado, em decorrência de outras operações deflagradas pelo Gaeco.