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Ricarte nega propinas mas confirma que Vedoin lhe ajudou

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10 dias depois de ser denunciados pela CPI dos Sanguessugas que pediu a cassação do seu mandato e de outros 71 parlamentares, o deputado federal Ricarte de Freitas rompeu o silêncio e concedeu entrevista coletiva, esta tarde, em Sinop, afirmando que que não vai renunciar ao seu mandato e a candidatura devido as acusações de envolvimento no caso sanguessuga. Ricarte negou qualquer envolvimento no recebimento de propina para fraudar licitações na compra de ambulâncias superfaturadas, mas confirmou que recebeu ajuda de Darci Vedoin, sócio da empresa Planan (que comandava o esquema de venda de ambulâncias superfaturadas e dava propina para deputados que apresentavam emendas), em 2002, para fazer campanha. O deputado alegou que Vedoin emprestou um veículo Ducato para ser utilizado na campanha, por sua esposa, que estava com problemas de saúde na época, mas que foi usado em apenas duas viagens e foi devolvido ao empresário. Ricarte disse que “depois fui informado que o carro tinha sido transferido para meu nome e, posteriormente, Vedoin solicitou que fosse transferido a ele (dono da Planam) posteriormente”.
O deputado afirmou ainda que Vedoin chegou a oferecer o carro para algum município, mas Ricarte alega que fez a transferência para o nome da Planan.

O deputado afirmou, ao contrario do que Vedoim revelou para a Justica, que não existe provas que confirmem sua participação em fraudes ou recebimento de propinas em troca de emendas para a Planam vender ambulâncuas superfaturadas. “Existem grandes citações, de que eu tenha recebido cheques, passagens aéreas, veículos, mas não existe um documento sequer que comprove que eu tenha recebido algum centavo em conta corrente ou que tenha recebido dinheiro em espécie. Cheques que teriam pago contas minhas em factorings, mas não apresenta comprovantes, falam de dinheiro para pagar minhas contas, mas não há comprovante nenhum”, defendeu-se.

Ricarte não se pronunciou sobre o cheque de R$ 190 mil que a Revista IstoÉ, cuja cópia a Revista IstoÉ obteve junto a CPI dos Sanguessugas, que Vedoin afirma ter emitido para o deputado mato-grossense.

Ricarte afirmou que se sentiu lesado e que agora vai se apresentar ao Conselho de Ética e exigir provas que o incriminem. “Não existe nenhuma possibilidade de renúncia. Estou em campanha, andando no Estado. Acredito que a minha história parlamentar, de ter sido o deputado que mais fez, que mais recursos trouxe, eu não tenho como trair meus companheiros, as pessoas que acreditaram em mim e desistir de uma candidatura que já não é minha, mas do Estado”, confirmou.

Ele ressaltou que quem está renunciando tem receio de enfrentar o Conselho de Ética. “Eu, como não tenho absolutamente nada, não tenho nenhum medo de enfrentar o conselho de ética, e desafio que alguém apresente alguma coisa na minha conta corrente, ou de parente e assessor”.

Ricarte também questionou a falta de direito a defesa. Disse que entregou o documento com sua defesa no dia 1º de agosto. “A minha defesa não foi sequer lida na CPI.. Porque tiram 30 da lista, para esses que leram a defesa deles ? Porque não deram o mesmo tratamento aos outros?”, ponderou.

Ao ser questionado sobre sua imagem perante a opinião pública, após as acusações e pedido de cassação, disse que fica “preocupado” e disse ter crédito com a população para se defender. “A minha tranqüilidade é no sentido de que não devo e que vou provar minha inocência”, concluiu.

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