O Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sisma-MT) declarou apoio à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde. O presidente da entidade, Oscarlino Alves, e parte da diretoria se reuniram com o deputado estadual Leonardo Albuquerque (PDT), autor da proposta da comissão que será instalada na próxima semana.
Eles expuseram a importância de investigações no setor, uma vez que analisam a gestão das Organizações Sociais de Saúde (OSS) como um atraso à saúde pública. A CPI da Saúde analisará os repasses de recursos do Estado aos hospitais e contratos com as OSS que atuam na área da saúde pública estadual, quantificando os valores pagos, os serviços prestados, bem como a justificativa pelos atrasos dos repasses dos recursos da área de saúde destinados aos municípios.
O sindicato reclama da estrutura precária e prejudicial à saúde e a falta de insumos. Segundo o presidente da entidade, esta situação gera cada vez mais trabalhadores doentes. “Os servidores querem o rompimento do contrato com as Organizações Sociais. Nós não somos irresponsáveis e entendemos que a iniciativa privada até pode atuar, de maneira suplementar, na Saúde. Mas os interesses privados têm fins lucrativos e a população não pode ser prejudicada por esses interesses”, disse o presidente.
Alves sugeriu ao deputado a distinção clara na CPI entre gastos e resultados, em dois momentos: no período de expansão do SUS no Estado e, depois, com as Organizações Sociais de Saúde gerenciando as unidades hospitalares.