O diretor afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot (PR), e o diretor de Infraestrutura Rodoviária do órgão, Hideraldo Luiz Caron (PT), além do deputado federal Valdemar Costa Neto (PR) são citados em relatórios da Polícia Federal como supostos beneficiários de propina que desencadeou a Operação Castelo de Areia. A informação é destaque em reportagem de hoje da Folha de São Paulo.
A operação investigou suspeitas de atos de corrupção e crimes financeiros atribuídos a executivos da Camargo Corrêa em licitações públicas. Ela aconteceu em janeiro de 2010. Na oportunidade, Pagot e os demais envolvidos negaram participação no esquema fraudulento. “O Dnit nunca foi citado pela Justiça a prestar quaisquer esclarecimentos com relação a essa operação da Polícia Federal e até hoje não teve acesso ao referido relatório”, rebateu, na oportunidade.
Conforme Só Notícias já informou, Pagot foi afastado após reportagem da revista Veja, desta semana, que aponta suposta cobrança de propina por integrantes do PR para liberar contratos e viciar licitações. Em 24 de junho, segundo a revista, a presidente Dilma Rousseff teve encontro com a cúpula do Ministério dos Transportes, na qual criticou o aumento do orçamento de obras viárias.
Enquanto Pagot foi afastado, em uma manobra dele mesmo ao tirar férias, os demais envolvidos no escândalo foram exonerados. Fazem parte da lista o ex-chefe de gabinete do ministro, Mauro Barbosa, e o ex-assessor do Ministério dos Transportes, Luiz Tito, e o presidente da Valec, José Francisco, o “Juquinha”. O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, não resistiu às denúncias e pediu demissão do cargo.