terça-feira, 30/abril/2024
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Relator suspeita que Pedro Henry receberia dinheiro de Marcos Valério

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As avaliações preliminares de que o ex-líder do PP na Câmara, Pedro Henry (MT), escaparia da cassação podem não se concretizar. Falava-se, nos bastidores, que a falta de indícios concretos de sua participação no recebimento de recursos ilegais do PT, via o empresário Marcos Valério de Souza, evitaria sua cassação. Mas o relator do processo no Conselho de Ética, Orlando Fantazzini (PSOL-SP), encontrou uma linha de investigação que pode envolvê-lo nas irregularidades.

O argumento para se arquivar o processo seria de que Henry nunca apareceu em lista de beneficiários, nem foi citado em depoimentos nas CPIs que investigam o valerioduto, como foram seus pares, o presidente do PP, Pedro Corrêa (PE), e o líder do partido José Janene (PR).

Apesar disso, Fantazzini tem argumentado em rodas de conversa que não é preciso provas documentais para estabelecer uma relação com as irregularidades e lembra que o ex-assessor parlamentar de Janene, João Cláudio de Carvalho Genu, o incrimina indiretamente. Genu diz que todos os saques foram feitos com o conhecimento da direção do PP, mas cita apenas Janene e Corrêa.

No entanto, as datas dos três saques de 300 mil reais cada 17 e 24 de setembro de 2003 e 13 de janeiro de 2004 coincidem com a época em que Henry era líder do PP na Casa, ou seja, era o principal elo entre o governo e a direção partidária, negociando diretamente com Corrêa e Janene.

A argumentação em um primeiro momento pode ser frágil, mas segundo tem argumentado o relator, ela é o ponto de partida das investigações. Fantazzini tem se mostrado irritado com as especulações que poderia engavetar o processo contra Henry. Mas pode ser uma tentativa de rechaçar a hipótese de que um ex-petista agora parlamentar do PSOL patrocinaria a chamada pizza.

Na próxima terça-feira, Fantazzini apresenta um relatório de procedimentos, ou seja, o cronograma das investigações. Henry tampouco apresentou as cinco testemunhas de defesa que lhe cabem no processo porque acredita que não tem nenhuma acusação concreta contra ele, senão as declarações do ex-deputado Roberto Jefferson de que Henry tentou convencer o líder do PTB José Múcio a participar do suposto esquema do “mensalão”. Múcio nega a conversa.

Genu participa na quinta-feira de uma acareação com outras sete pessoas na CPI da Compra de Votos: O empresário Marcos Valério de Souza, a diretora financeira da SMPB, Simone Vasconcelos, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas, o tesoureiro informal do PTB, Emerson Palmieri, o ex-presidente da Casa da Moeda, Manuel Severino dos Santos, e o antigo chefe de gabinete do ex-ministro Anderson Adauto, José Luiz Alves.

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