quinta-feira, 2/maio/2024
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“Ranking” dos envolvidos na máfia dos sanguessugas poderá ser divulgado nesta terça

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O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), disse nesta segunda-feira (31) que um “ranking” dos parlamentares envolvidos com a máfia das ambulâncias será entregue nesta terça-feira (1º) à cúpula da CPI pelo sub-relator de Sistematização, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). No entender de Jungmann, a relação deveria ser divulgada com o máximo de transparência.
– Esse é um direito dos cidadãos – disse o vice-presidente da comissão. Entretanto, o relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), não confirmou a divulgação do documento. Apenas comentou a informação de Jungman de que foi adiado o depoimento que o sócio-proprietário da Planam, Luiz Antonio Trevisan Vedoin, chefe do esquema dos sanguessugas, prestaria nesta terça a Lando na sede da Polícia Federal.
Jungmann disse entender que são 105 os parlamentares envolvidos, embora 15 sejam na verdade ex-parlamentares. Ou seja, a CPI está de fato trabalhando com um número de 90 parlamentares “em atividade”. Para o vice-presidente da CPI, há algum tipo de prova material contra 80% desses parlamentares, que, para efeito, do ranking, serão classificados segundo a natureza do benefício recebido e a comprovação do envolvimento.
Por prova material, entende-se depósitos em contas bancárias, recibos, notas fiscais, bens recebidos, evidências de prestação de serviços, etc. Jungmann deixou claro que uma prova material não necessariamente levará o parlamentar a ser condenado. Ele citou como exemplo o depósito bancário na conta de assessor como uma evidência que previsivelmente será contestada.
Segundo a natureza do benefício recebido em troca da emenda parlamentar que levou à compra fraudulenta de ambulâncias por prefeituras e outros órgãos públicos, o critério de classificação do parlamentar levará em conta:
1 – Depósito em conta corrente do próprio parlamentar ou de parente.
2 – Depósito em conta corrente de auxiliar vinculado ao próprio parlamentar (chefe de gabinete, assessor parlamentar, assistente técnico, etc).
3 – Depósito em conta corrente de terceiros (pessoas ou empresas indicadas pelo parlamentar ou por assessor).
4 – Dinheiro recebido em espécie pelo parlamentar e/ou por auxiliar vinculado ao próprio parlamentar.
5 – Outros benefícios recebidos direta ou indiretamente pelo parlamentar (bens móveis, prestação de serviços, etc).
6 – Ausência de menção a pagamentos ou benefícios recebidos direta ou indiretamente pelo parlamentar.
7 – Ausência de menção do envolvimento do parlamentar no depoimento de Luiz Antônio Trevisan Vedoin à Justiça.
Segundo a comprovação do envolvimento, a CPI está trabalhando com as seguintes situações:
a) Evidências documentais.
b) Evidências testemunhais (pagamentos em espécie).
c) Sem evidências de pagamento ou recebimento, bem como sem menção no depoimento de no depoimento de Luiz AntônioTrevisan Vedoin à Justiça.
– Há evidências materiais incontestáveis contra cerca de 40 parlamentares – opinouJungman.
Quadro explicativo distribuído pela CPI mostra que 54 parlamentares(60%) do total, estão classificados nos grupos 1, 2, 3 e 5 da natureza dos benefícios, dos quais 15 receberam dinheiro diretamente em suas contas correntes. Outros 21 parlamentares,(23% do total) estão enquadrados no grupo 4. Contra orestante, ou seja, 15 parlamentares (17% do total), não foram encontradas menções a pagamentos ou benefícios ou menção no depoimento de Vedoin.
Serra
O vice-presidente da CPI disse que é a favor da investigação da participação do Poder Executivo na fraude das ambulâncias, mas que não há nada que incrimine o ex-ministro e atual candidato ao governo de São Paulo, José Serra, pelo que foi apurado até agora. Jungman informou que dos três membros convidados para compor a sub-relatoria do Executivo apenas o deputado Júlio Redecker (PSDB-RS) aceitou. Odeputado Gastão Vieira (PMDB-MA) e senador Flávio Arns (PT-PR) teriam recusado. Jungmann informou que irá sugerir a criação de uma sub-relatoria para as prefeituras.

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