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Rachado, PT reúne delegados e aprova apoio a Silval

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O Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso se transformou, esta tarde, no mais novo aliado eleitoral do governador Silval Barbosa, pré-candidato do PMDB a reeleição. 154 delegados votaram para a coligação de Silval. 85 – que são aliados de Serys- votaram para a sigla se unir com Mauro Mendes (PSB), pré-candidato ao governo. Serys foi ao encontro, após os duros embates e ataques a Abilical, que lhe venceu nas prévias para o Senado. Chegou a propor que o partido adiasse a decisão sobre coligação. Serys defendia que o PT rompasse com Silval e apoiasse Mauro Mendes. Mas o plenário rejeitou o adiamento.

Com isto, o partido consolida a coligação com PMDB e PR ficando com a vaga de candidato ao Senado que vai para Carlos Abicalil. O grupo liderado pelo deputado “patrolou” os grupos minoritários que defendiam outras teses, como adiamento da decisão para construção da unidade e também o debate com outras candidaturas, como a de Mauro Mendes, do PSB, defendida pela senadora Serys Slhessarenko (PT). Foi aprovado apoio do partido a Silval e para garantir os cargos que tem assegurados no governo. Com possibilidade, inclusive, de serem ampliados a partir de agora – conforme se firmou no entendimento. Com pressa inigualável, não tomou conhecimento do que poderá vir pela frente, argumentados durante o encontro de delegados.

“Tudo se resolve” – disse o dirigente, ao se referir a eventuais escândalos envolvendo o PT e o próprio governo. Não ligou para os questionamentos dos grupos o que responsabilizam pela vitimização da senadora Serys e tampouco para o caso do vídeo que circula na internet, em que um dirigente petista da cidade de Alto Paraguai relata o esquema usado para beneficiar o dirigente na disputa pela vaga de candidato ao Senado; fez ouvidos mocos.

A decisão do PT consumou a fratura que já estava exposta. Durante quase cinco horas, discursos inflamados e muita provocação dominaram o Encontro de Delegados, realizado na sede da Fiemtec, no bairro do Porto. Sobraram denúncias e acusações. Tudo em vão! O grupo se valeu do resultado do PED de novembro do ano passado, quando fez maioria e não considerou o resultado da prévia, que mostrou uma correlação de forças – independente de ter havido fraude ou não na votação. As cartas em favor de Abicalil estavam determinadas desde então com a seguinte posição: o PT iria fechar com o PMDB de Silval, que tratou de garantir o espaço do grupo do governo.

“Silval comprou gato por lebre” – disse o membro da executiva regional, Jairo Rocha, ao deixar o local do encontro. Segundo ele, o PT segue rachado – e, na sua avaliação – um pouco mais do que o grupo de Abicalil possa imaginar. “A sorte do PT está lançada de uma maneira fragilizada e submissa”.

A senadora Serys Slhessarenko, por sua vez, também questionou a legitimidade dos delegados para tomar a decisão e lamentou que o deputado federal Carlos Abicalil tenha usado da pior estratégia. “Mais cedo ou mais tarde ele será responsabilizado pelo que fez”, disse a senadora. Ela afirmou que vai cobrar as investigações sobre o “escândalo da prévia” e também uma posição firme do PT e coerente com sua história contra a corrupção.

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