Peça importante no intrincado tabuleiro de xadrez da sucessão estadual, o PTB não perdeu tempo e formalizou convite para que o conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso, Antônio Joaquim (foto), se filie a sigla e dispute as eleições de 2014. “É um nome exemplar e que tem uma carreira em prol do Estado sem máculas”, disse o presidente do PTB, Chico Galindo, que vislumbrou a possibilidade do seu partido ter um nome de peso para qualquer cargo majoritário ou proporcional e uma importante inserção no cenário político eleitoral diante da escassez de nomes.
Especulações partidárias sinalizaram que o PSDB teria interesse em convidar o conselheiro que já foi deputado estadual e federal, além de secretário de Estado para retomar sua carreira política após 13 anos como membro do Tribunal de Contas de Mato Grosso.
O conselheiro, segundo sua assessoria, que tirou 150 dias entre férias e licença, estaria em viagem e não retornou as ligações para se manifestar sobre os últimos acontecimentos políticos que acabaram envolvendo seu nome. “O PTB está de portas abertas para o conselheiro Antônio Joaquim que se tornou uma referência nacional graças a presidência da Associação dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), cargo que ocupa desde 2012 e entrega em fevereiro de 2014 para o novo presidente”, disse Chico Galindo realçando o nome de Antônio Joaquim e sua capacidade política e administrativa para postular a disputa pelo Governo do Estado em 2014.
Chico Galindo realçou que espera o quanto antes poder oficializar ao conselheiro convite para se filiar ao PTB. “Pela legislação eleitoral, ele (Antônio Joaquim) tem até 5 de abril, ou seis meses antes das eleições marcadas para 5 de outubro do próximo ano, para decidir se deixar ou não a função de julgador de contas para ingressar novamente na vida político-eleitoral”, disse ele, assinalando que conhece a legislação eleitoral e o Código de Ética do TCE que impede manifestações política ou partidária de qualquer de seus membros.
O último partido pelo qual Antônio Joaquim atuou foi justamente o PSDB, sendo reeleito deputado federal em 1998. Em 2000, ele foi indicado para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso pelo então governador Dante de Oliveira (PSDB). Antônio Joaquim também foi por duas vezes secretário de Estado.
A ligação com os tucanos, levou alguns membros do partido a defenderem o retorno do conselheiro para a vida político-partidária, sob alegação de que o mesmo já havia ocupado todas as funções possíveis dentro do TCE.
No próximo dia 1º de janeiro, Antônio Joaquim completa 58 anos, tendo, portanto, segundo a legislação, mais 12 anos a frente do cargo de conselheiros do TCE que é regido pela Constituição Federal que estipula o prazo máximo de 70 anos de idade para os servidores públicos integrarem a carreira pública.