Após o anúncio de uma pré-candidatura própria ao Governo e ao Senado, o diretório estadual do PTB entra num período de “quarentena” das negociações político -partidárias e só retoma a agenda de diálogos com lideranças de outras siglas para a composição majoritária no próximo mês.
O partido realiza uma reunião interna na próxima sexta-feira (4), mas mesmo depois deste período, aguardará as resoluções da executiva nacional para iniciar o debate com outras legendas. Até o momento, apenas PT, PMDB e PSDB encaminharam suas resoluções aos diretórios. As decisões nacionais podem limitar as alianças estaduais, tendo em vista que o PTB compõe a base de apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Enquanto PT e PMDB seguirão a mesma linha, o PSDB tem como prioridade a garantia de palanque para o pré-candidato tucano à presidência, o senador Aécio Neves (MG).
“Vamos estar participando de uma terceira via”, destacou o ex-diretor presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot (PTB). Seu nome foi o escolhido no partido para encabeçar a disputa majoritária.
Com a experiência em coordenação de campanhas políticas, inclusive a do senador Blairo Maggi (PR) ao Governo, ele pondera que o primordial é estar com o partido alinhado para o processo eleitoral. “Melhor não ir para a eleição, do que ir com o partido rachado”, comentou.
Pagot destaca que já teve problemas em eleições anteriores justamente por não contar com a unidade partidária, por isso, o PTB optou por adiar o início do debate somente para mais. Apesar disso, algumas tratativas iniciais não descartam uma proximidade com os partidos de oposição ao Governo Silval Barbosa (PMDB). Durante sua filiação ao PTB, Pagot teceu duras críticas à gestão peemedebista e a proposta de seu partido vem recebendo manifestações favoráveis de siglas como DEM e PSDB, principalmente pela relação estreita entre o petebista e Maggi.