A direção do PTB de Cuiabá, partido do prefeito Chico Galindo, decidiu não apoiar nenhum candidato ao Palácio Alencastro e liberar os concorrentes a vereador da sigla. A expectativa é que, com isso, a legenda consiga eleger até 6 representantes na Câmara Municipal, mantendo uma das maiores bancadas.
A decisão foi aprovada ontem e contou com apoio dos pré-candidatos a vereador do partido, executiva municipal e o próprio prefeito Chico Galindo, que desistiu de disputar a reeleição e abriu caminho para cada setor do partido admitir preferência pelos diferentes candidatos. Ao liberar os interessados em apoiar qualquer concorrente, a sigla se afasta do tradicional aliado PSDB, que lançou o deputado Guilherme Maluf na corrida pelo Palácio Alencastro e já havia até prometido ceder a vaga de vice na chapa caso os petebistas confirmassem a manutenção da aliança.
"Decidimos lançar uma chapa independente de vereador, pois acreditamos agora que a nossa principal meta é manter a grande representatividade na Câmara Municipal", afirmou ontem o presidente do PTB em Cuiabá, Dilemário Alencar. Atualmente, a sigla conta com 5 representantes no Legislativo e vinha sendo cortejada também pelo PSB do empresário Mauro Mendes.
De acordo com Dilemário, nos programas eleitorais de rádio e TV, o PTB reforçará o número do partido (14) e as ações feitas pelo prefeito Chico Galindo, que herdou o cargo em 2010 com a renúncia de Wilson Santos (PSDB). O tucano abriu mão da cadeira para disputar sem sucesso o governo do Estado na ocasião e firmou uma certa proximidade entre as siglas.
A liberação dos candidatos do PTB será oficializada em convenção a ser realizada no próximo dia 27, a partir das 19h, na Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM). No intervalo até o dia 30, no entanto, a cúpula não descarta deixar a ata em aberta e mudar de opinião se essa for a vontade da maioria dos filiados para aderir a qualquer grupo. A ideia atual, porém, é liberar os candidatos e optar por algum concorrente apenas no caso de segundo turno.
O PTB é o primeiro partido a anunciar liberação dos candidatos, que tendem a subir no palanque de concorrentes a prefeito que lideram as pesquisas de intenção de voto. O PDT, no entanto, também já avalia a proposta diante das divergências entre os que defendem a permanência da aliança com o PSB do empresário Mauro Mendes e outros se recusam a continuar no grupo com a chegada do PMDB e PR. A liberação de candidatos não é muito bem vista pelos candidatos a prefeito porque, mesmo facilitando o apoio, representa falta de compromisso político, o que tradicionalmente é compensado com oferta de cargos de livre nomeação.