A direção nacional do PT proibiu a comissão de ética do partido em Mato Grosso de divulgar detalhes dos processos disciplinares contra filiados que correm risco de expulsão por supostamente não apoiar o ex-deputado federal Carlos Abicalil na última eleição de senador. Entre os dirigentes que respondem à acusação estão a ex-senadora Serys Marli e o vereador por Cuiabá Lúdio Cabral.
A direção proibiu a divulgação de detalhes há duas semanas atendendo pedido de Serys, o que vem sendo mantido em sigilo para evitar maiores rachas. Ela voltou a solicitar ontem à cúpula do partido que seja processada no diretório nacional, onde é suplente, e não no estadual, onde o grupo de Abicalil tem maioria.
Apesar dos rumores de que assumirá cargo de assessora do ministro Antônio Palocci (Casa Civil), essa possibilidade não livra Serys de ser processada por descumprimento de orientação partidária. Isso pode levar o diretório nacional a avocar (chamar para si) o processo.
Além de Serys, correm risco de expulsão a secretária-adjunta de Justiça, Vera Araújo, e o vereador Lúdio Cabral. Eles 3 são os primeiros citados até o momento na sigla como pré-candidatos a prefeito da Capital para a eleição de 2012. Todos são processados no diretório estadual. Juca Lemos, Jucy da Eletronorte e Eroísa Mello também respondem processos similares nos diretórios municipais do PT de Rondonópolis e Cuiabá.