O PSDB decidiu hoje, pedir o afastamento do senador Renan Calheiros da presidência do Senado, até que o processo contra ele seja julgado no Conselho de Ética. O líder do partido no Senado, Artur Virgílio (AM), informou que vai anunciar a decisão em um pronunciamento hoje à tarde no plenário.
“O partido jamais deixou de cobrar dois pontos: a ampla defesa e a ampla e completa investigação. Só há legitimidade, e a possibilidade de haver as duas coisas em conjunto, se o presidente do Senado se afastar enquanto durar o processo”, defendeu Virgílio.
O presidente do partido, senador Tasso Jereissati (CE), disse que o processo só vai ficar limpo quando Renan Calheiros se afastar da presidência (do Senado). “Ele, muito menos pelo gado e mais por todas as manobras e articulações, perdeu a credibilidade de ficar na presidência do Senado”, disse.
O líder do partido na Câmara, que também esteve na reunião, Antônio Carlos Pannunzio (SP), disse que a posição de Renan Calheiros como presidente do Senado constrange os outros senadores membros do Conselho de Ética. “Ele (Renan) usa institutos dentro da Casa para se beneficiar e o PSDB não pactua com isso”, afirmou.
O partido também defendeu que o processo seja devolvido ao Conselho de Ética. “Existe um foro adequado para ele ser julgado, que é o Conselho de Ética. Não dá para tolerar qualquer coisa fora disso”, disse Pannunzio.
Ontem, o presidente do Conselho de Ética, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), devolveu o processo alegando que não tinha passado pela Mesa.