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PSDB mostra que não tem candidato e vai comparar ”Blairo com Blairo”

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O PSDB não tem ainda – e pelo tempo dificilmente terá – um nome viável para disputar a eleição para governador do Estado, em outubro. No plano estratégico do partido, a saída vai ser comparar Blairo Maggi com Blairo Maggi mesmo. Foi o que deixou claro nesta segunda-feira o senador Antero de Barros, um dos expoentes tucanos em Mato Grosso, durante entrevista ao programa “Bom Dia Mato Grosso”, da TV Centro América. Barros não confirmou a aliança com o PFL no Estado, ao destacar que o entendimento será balizado por uma pesquisa eleitoral e à militância.

Paes de Barros concorda que o governador Blairo Maggi “está forte”, mas crê que essa situação se deve justamente a “falta de um contraponto”. Em outras palavras, o senador tucano acha que a própria oposição está sufocada em Mato Grosso, sem grande campo de atuação. Pelos números apresentados por Antero, Maggi tem hoje 46% de intenções de votos para a reeleição. Sem nomes fortes para um enfrentamento eleitoral, a saída será comparar Maggi ao próprio Governo.

Crítico duro, Antero, como não poderia deixar de ser, considera que o governador Blairo Maggi deixou a desejar. Com ironia, falou as propostas de “quebra de paradigmas” prometidas pelo governador. Entre elas a de que não colocaria político na Educação. “Ele colocou político e fez politicagem, reduzindo recursos” – atacou. Também criticou a área de saúde pelo que considerou como “falta de programa”. Ataques ainda ao Governo na área ambiental. Antero, porém, não se faz de vesgo. Lembrou que o Governo construiu mais quilômetros de asfalto, apesar de ter se esquecido da conservação. O político, por fim, acha que o Governo acertou no programa habitacional.

Mesmo com tão pouco, o PSDB não deverá avançar para a disputa majoritária. Antero admitiu que o único nome que o partido tem no momento – mas que depende de muito convencimento – é o do ex-governador Rogério Salles. O partido insiste numa eventual coligação com o PFL, embora a história das duas siglas sejam distintas e apontam para uma adversidade histórica. Daí o levantamento de opinião para saber o que o eleitor acha de uma aliança com os liberais e também na própria base. Antero sabe, no entanto, que o PFL não está tão próximo para uma coligação. Até porque o partido também não tem candidato majoritário.

Uma prova evidente de que o PSDB em Mato Grosso já praticamente “jogou a toalha” da sucessão estadual ficou evidenciado quando o senador tucano declarou taxativamente que o partido vai priorizar a candidatura de Geraldo Alckmin a presidente da República. Na entrevista, atuou no campo que mais gosta: atacar o Governo do PT e do presidente Lula. Por ai, se defende de envolvimento com o crime organizado e lembra que foi um dos grandes responsáveis pelas principais denúncias contra o Governo. A última envolvendo o caseiro Francenildo Costa, responsável pela queda do ministro Antônio Palocci, da Fazenda. Como fotografia de sua inocência, Antero lembrou que o Governo invadiu o sigilo bancário do caseiro. “Podem imaginar que se eu tivesse alguma coisa, já teriam me denunciado” – disse o tucano.

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