O PSDB estadual reforçou a cobrança, já feita ao PR pelo DEM, para que defina seu projeto político, deixando os cargos ocupados na estrutura governamental. Presidente do partido em Mato Grosso, deputado tucano Nilson Leitão, disse que “espera que o PR assuma uma postura que vai de encontro aos planos do bloco da oposição, traduzida na entrega dos espaços que ocupa na gestão Silval Barbosa”.
O DEM, através do senador Jayme Campos, mantém a mesma expectativa. Nilson cutuca os republicanos ao ressaltar que a continuidade do PR na base governista seria incoerente ao discurso do grupo liderado pelo senador Pedro Taques (PDT). Para os republicanos, esse fator, em especial, não interfere nos entendimentos sobre o pleito geral. Presidente do PR estadual, deputado federal Wellington Fagundes, frisa que “o PR participa do Governo porque o partido ajudou a reeleger Silval Barbosa”, acrescentando ainda que “uma nova eleição pode ser referendada com uma nova aliança, e que uma coisa não tem a ver com outra”.
Em que pese as observações do PR, o DEM e o PSDB pressionam o bloco de Taques, integrado ainda pelo PPS de Percival Muniz e o PV, para alinhavar desde já uma chapa majoritária. O desconforto de democratas, tucanos e ainda do PTB, em vias de conversação, reside na indicação ao cargo de candidato ao Senado.
Fagundes mantém seu objetivo de disputar o Senado. Jayme pode disputar a reeleição. E o PTB confia em nomes como o da ex-senadora Serys Marli, para essa via. A insatisfação dos tucanos se dá pela “zona de conforto” do PR, que também avalia reeditar a aliança vencedora em 2010, ou seja, pode integrar um projeto maior com o PMDB do governador Silval Barbosa, e com outras legendas como o PT, PSD e PP.