Sob a liderança do presidente estadual, prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, o PSB deve oficializar o convite para filiação à legenda do governador Pedro Taques, na próxima quarta-feira, em almoço previsto para ocorrer no Palácio Paiaguás. O encontro, programado para segunda-feira (30) e adiado devido a conflitos de agenda de parlamentares, deve contar com a presença de integrantes das bancadas federal e estadual. Taques, que admite ter recebido convite de pelo menos 6 siglas, entre elas o PSDB com a qual mantém afinidade, é apontado como uma das melhorias vias do PSB para pleitear a presidência da República nas eleições de 2018.
As amarrações para atrair Taques foram intensificadas recentemente, quando ele participou de reunião com líderes da nacional do PSB, em São Paulo. No último fim de semana, membros da bancada federal, como o deputado Fábio Garcia, teriam participado de reunião com o vice-governador de São Paulo, Márcio França, um dos líderes da nacional do partido. Ficou reafirmado, segundo fonte, a intenção do PSB de apostar no nome de Pedro Taques para as próximas eleições gerais, sendo ele um dos expoentes políticos para assumir lacuna deixada após a morte do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (morto em 2014 vítima de acidente aéreo em campanha eleitoral na disputa à presidência). Taques tem simpatia pelo PSDB do senador Aécio Neves, inclusive já tendo conversado com cúpula tucana acerca do assunto.
Os planos do governador do Estado vão bem mais além do que os meros limites políticos de Mato Grosso. A análise pelo PSB criaria um campo mais palpável para seu projeto, considerando ser essa agremiação “aberta” a novos líderes para alçar voos mais altos. O PSDB também segue os passos do chefe do Executivo estadual, devendo buscar novas tratativas. No PDT a meta é conseguir convencer Taques a permanecer nos quadros da sigla. Para isso, o presidente nacional, Carlos Lupi, tenta amenizar o clima de desconforto ainda imperativo entre o governador e o presidente estadual, deputado Zeca Viana. Mal estar entre eles teve como estopim a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em razão da interferência política do governador no processo. Para deixar o PDT Taques precisa driblar as regras da fidelidade partidária sob risco de perda de mandato.