O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado estadual Mauro Savi (PR), apresentou ao parlamento estadual a aprovação do Projeto de Lei nº 256/2014 que propõe ao Estado propiciar, em caso de pré-diagnóstico de câncer em crianças, a realização de exames complementares e o início do tratamento prescrito no prazo máximo de 30 dias.
O autor da propositura explica que em razão das diretrizes da descentralização do Sistema Único de Saúde (SUS), cabe ao estado e município apontar suas necessidades de acordo com sua regionalização. “Estamos lidando com vidas de crianças e de uma doença que cresce em níveis alarmantes. Precisamos dar atenção especial à saúde de nossas crianças”, justificou. Mauro Savi ainda defende que a prevenção é menos onerosa, economicamente falando, do que o tratamento em si.
O câncer é a primeira causa de morte por doença na faixa etária de 1 a 19 anos no país. As mortes por neoplasias em crianças ganham cada vez mais importância. São mais de nove mil casos por ano, conforme estimativas do Instituo Nacional do Câncer (Inca).
O deputado aconselha aos pais monitorar seus filhos, observando anomalias, tais como: manchas roxas na pele, dor de cabeça constante, febre sem causa aparentes, palidez, dores muscular e outras. “O diagnóstico precoce influência na cura da doença. Pais observem seus filhos e na suspeita de qualquer anormalidade a criança deve ser avaliada por um médico pediatra para determinar o encaminhamento para um especialista”, aconselhou.
Para o primeiro-secretário a falta de campanhas de conscientização de câncer infanto-juvenil é uma realidade que precisa ser mudada. “Este é um caso que precisa ser estudado e difundido pela Secretária de Estado de Saúde (SES)”, alertou Savi.
Savi defende, através do projeto de sua autoria, que é possível fazer o diagnóstico precoce. “Apesar de a mídia mostrar campanhas do hospital de câncer ainda há pessoas que não acreditam que é possível a doença em crianças. E essa realidade deve ser mudada”, salientou.
O parlamentar reforçou que esse projeto é de suma importância, já que o câncer tratado no início tem cura e que os efeitos do diagnóstico tardio muitas vezes são irreversíveis. A taxa de cura diminui pela metade e será maior a possibilidade do paciente ficar com alguma sequela pelo resto da vida. “Com tratamento imediato as crianças diagnosticadas com a doença terão mais chances de cura. Enquanto o câncer no adulto se desenvolve lentamente, na criança é muito mais agressivo devido à fase de crescimento”, argumentou o deputado.
De acordo com o Inca, se a doença for descoberta precocemente a taxa de cura varia de 80% a 90%.