Promotores em Cláudia e Itaúba e Colíder acompanharam, na última sexta-feira, o início da perícia técnica na Usina Hidrelétrica de Colíder, no rio Teles Pires, desceram até as galerias onde estão localizados os drenos danificados, o que levou à ativação do Plano de Ação Emergencial, que reduziu consideravelmente o nível do rio. “Acompanhamos de perto o início da perícia técnica” “com o objetivo de garantir que todas as medidas necessárias sejam adotadas para proteger a população e o meio ambiente. A visita às galerias onde estão os drenos danificados reforça nossa preocupação com a gravidade da situação e a urgência na apuração dos fatos”, destacaram os membros do Ministério Público.
O trabalho do MP está sendo realizado pela bióloga, doutora em Ecologia e Conservação da Biodiversidade, Mayara Fioreze Zucchetto, pelo geólogo, doutor em Geociências, Edvaldo José de Oliveira e pelo engenheiro civil, Bruno Moreira dos Santos Zuchini, e também acompanharam a equipe da Politec, o gerente do Departamento de Segurança de Barragem da Eletrobras, Jeferson Henrique, e o diretor dos Centros de Excelência Digitais da Eletrobras, Lucas Pinz.
A perícia faz parte das ações previstas no inquérito civil instaurado pelo MP para apurar possíveis riscos e impactos ambientais relacionados à Usina Hidrelétrica de Colíder, localizada no rio Teles Pires. A decisão foi motivada por comunicado oficial da Eletrobras, divulgado no último dia 15 informando que a barragem da usina se encontra em nível de segurança ‘Alerta’ devido a danos em seu sistema de drenos, o que levou à ativação do plano de ação emergencial, causando diversos impactos com a redução do nível do rio. Em algumas marinas, barcos ficaram encalhados impedindo navegação e também houve relato de mortes de peixes.
O Ministério Publico reiterou, diante da gravidade dos fatos, “o MP está apurando se há risco à vida, à saúde e à segurança da população, além de potenciais danos ambientais, como mortandade de peixes, alterações nos ciclos reprodutivos de espécies aquáticas, exposição de áreas marginais, redução da disponibilidade de água para comunidades ribeirinhas e comprometimento de atividades econômicas locais. O procedimento tem como investigadas as Centrais Elétricas Brasileiras S/A – Eletrobras, proprietária da usina, e a Companhia Paranaense de Energia – Copel, responsável pela operação. O objetivo é apurar os danos ambientais decorrentes da condição estrutural da barragem e da redução do nível do reservatório, os riscos à segurança da população e os motivos que levaram à deterioração do sistema de drenos”, conclui o MP.
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