domingo, 15/dezembro/2024
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Procurador prepara denúncia dos esquemas do PAC em Mato Grosso

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O procurador da República Mário Lúcio Avelar apresenta na próxima semana denúncia contra os envolvidos em fraudes nas licitações do PAC em Cuiabá e Várzea Grande, cujas investigações ficaram conhecidas como Operação Pacenas. “No início da semana teremos novidade”, confirmou o procurador. A Polícia Federal indiciou 22 pessoas.

Os indiciados foram o ex-procurador do município de Cuiabá, José Antônio Rosa; o empresário e suplente de deputado estadual Carlos Avalone Júnior; o irmão e sócio de Avalone, Marcelo Avalone; o empresário e ex-prefeito de Cuiabá, Anildo Lima Barros; o presidente Sindicato da Indústrias da Construção Pesada, José Alexandre Chutz; a presidente da Comissão de Licitações, Ana Virgínia de Carvalho; o ex-presidente do Sinduscon, Luiz Carlos Richter Fernandes; o consultor da Comissão de Licitações do PAC, professor Adilson Moreira da Silva; os empresários Edson Marques Chiodarelli, Nei Busnardo, Itamar Pimenta, Mariozan Pimenta da Silva; Olinger Gomes, Guilherme de Rezende Pinheiro, Luiz Antônio de Miranda, Jorge Pires de Miranda, Júlio Flávio de Miranda (filho de Jorge Pires). Além destes, foram indiciados Hélio Júnior, Gustavo Caputto Cariello, Ricardo Issao Ishitani, Esper Haddad (diretor do Sinduscon) e o ex-vereador por Várzea Grande, Ismael Alves da Silva.

De acordo com a Polícia Federal, o procurador José Antônio Rosa atuava como interlocutor entre os empresários licitantes. O ex-vereador por Várzea Grande, Ismael Alves da Silva teria recebido envelopes de dinheiro da empresária Eliamara Zeferini de Araújo, ligada a Anildo Barros. Ele alegou que os R$ 2,5 mil recebidos foram contribuições voluntárias ao partido.

A Polícia Federal deu início à investigação em 2007, para apurar apenas indícios de fraudes no PAC de Cuiabá, mas ao longo do inquérito verificou-se que houve fraude também nas licitações realizadas em Várzea Grande.

O empresário Mariozan Pimenta, representante da empresa Costa Gomes, que abandonou o processo licitatório, disse à Polícia Federal que chegou a ouvir comentários de que estaria correndo risco de morte, caso participasse da licitação.

O depoimento do empresário é tido pela Polícia Federal como um dos mais esclarecedores no que se refere ao funcionamento do esquema. Os empresários possuíam inclusive um manual de como participar de licitações onde todos ganhavam. Algumas empresas recebiam apenas para não entrar na disputa.

Mariozan Pimenta informou que foi procurado por Marcelo Avalone, irmão de Carlos Avalone, que se apresentou na condição de representante do Sinduscon, para pressioná-lo a abandonar a licitação. Afirmou ainda que o representante da empresa Elmo Engenharia, que se chama Guilherme de Rezende Pinheiro, o procurou para oferecer R$ 2,5 milhões para que ele desistisse da licitação.

Outro acusado de receber vantagem indevida para deixar o processo licitatório foi o procurador da empresa ECL Engenharia e Construções Ltda, Edson Marques Chiodarelli. De acordo com o relatório da Polícia Federal, ele teria firmado um acordo “espúrio” com o Consórcio Cuiabano, no qual recebeu propina para abandonar a concorrência.

O executivo Nei Busnardo, ainda conforme a Polícia Federal, seria o enviado de Carlos Avalone para intermediar os contatos visando “convencer” os concorrentes a abandonar a licitação. O suplente de deputado Carlos Avalone é sócio da construtora Três Irmãos, e é acusado de ser o grande representante dos interesse do esquema junto a empresas de São Paulo.

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