Enquanto a maioria dos partidos discute, entre si, possíveis coligações para as eleições de outubro, o PSOL trabalha sozinho e tende a formar chapa única com candidatos ao governo, senado, assembleia e câmara. Um dos nomes que aparece com mais força para concorrer ao palácio Paiaguás é o do Procurador Mauro, que, motivado pela expressiva votação nas eleições de 2016, deve aparecer como principal força de esquerda no Estado. “Fui candidato a prefeito de Cuiabá nas eleições 2016 com 71.336 votos, votação equivalente a 24,85% do eleitorado cuiabano. Isso significa que nossas ideias têm conquistado uma parcela cada vez maior de nossa sociedade e, com certeza, nos credencia a apresentar nossa pré-candidatura a governador. Sou pré-candidato a governador do Estado e estamos trabalhando na construção da candidatura”, afirmou, ao Só Notícias.
Em meio a um momento político permeado por escândalos de corrupção e com o desgaste da esquerda, sobretudo em um estado conservador como Mato Grosso, Mauro acredita que há espaço para uma candidatura socialista. É com base nisso que a sigla elabora seu programa de governo.
“Os seguintes pontos já são consenso e estão sendo detalhados nesse processo de construção: promoção da participação popular direta, efetiva transparência administrativa e combate à corrupção; redução dos cargos de confiança ao estritamente indispensável e aproveitamento ao máximo dos servidores de carreira em cargos de direção; efetiva estruturação do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado; implantação da escola de tempo integral; e reestruturação do sistema de Segurança Pública”, adiantou.
O presidente do PSOL em Mato Grosso, José Roberto, confirmou que o partido vai lançar várias candidaturas, que está trabalhando os nomes e também descartou qualquer coligação, mesmo com partidos de esquerda. Segundo ele, os candidatos serão escolhidos na convenção do partido que será entre 20 de julho e 5 de agosto, conforme determina a legislação eleitoral.
De acordo com o Procurador Mauro, a opção pela chapa única respeita os preceitos ideológicos do partido. “O PSOL tem trabalhado para a construção de candidaturas que representem uma alternativa para a população de Mato Grosso. O entendimento do PSOL é de que atualmente não existem, em Mato Grosso, partidos que defendam o mesmo programa do nosso partido, razão pela qual, não há a menor possibilidade de coligação com outros partidos”, concluiu.