O Ministério Público do Estado aguarda o compartilhamento de provas por parte do Supremo Tribunal Federal para apurar e adotar as providências cabíveis em relação às denúncias de corrupção contra políticos apontados na delação do ex-governador Silval Barbosa. O procurador-geral de Justiça, Mauro Benedito Pouso Curvo, informou, há pouco, através da assessoria, que já manteve contato com a Procuradoria-Geral da República e está confiante que as investigações terão a agilidade e a transparência que a sociedade mato-grossense espera. “As imagens veiculadas pelos meios de comunicação apontam indícios fortíssimos de corrupção. A sociedade mato-grossense pode ficar tranquila que o Ministério Público do Estado de Mato Grosso, dentro de sua atribuição, não se furtará em adotar as medidas cabíveis. Não nos contentaremos apenas com as provas já apresentadas e iremos a fundo nesta investigação para que todos os envolvidos sejam punidos de forma exemplar”, assegurou.
O procurador-geral de Justiça enfatizou que, por enquanto, o MP não pode adotar nenhuma medida nesse caso até que ocorra o fatiamento da investigação, já que no rol de acusados existem pessoas com foro privilegiado. Lembrou, no entanto, que a delação do ex-governador é resultado do trabalho incansável da instituição que o manteve preso, junto com os seus comparsas, por quase dois anos, até a celebração do referido acordo.
Conforme Só Notícias já informou, o ex-governador Silval Barbosa entregou para procuradores vídeos onde aparecem os prefeitos Emanuel Pinheiro (Cuiabá), Luciane Bezerra (Juara), os deputados Ezequiel Fonseca, José Domingos, os ex-deputados Jota Barreto, Alexandre Cesar, Airton Rondina, Antonio Azambuja recebendo dinheiro, no Palácio Paiaguás, que seria propina em troca de apoio político na Assembleia. Ele também acusa o ex-governador Blairo Maggi de compra de apoio político e de deixar várias dívidas para serem quitadas e Silval expôs que usou dinheiro de propina para pagar parte destes débitos além de pendências de sua campanha e alguns aliados. O ex-governador também acusa o senador Wellington Fagundes, o senador Cidinho Santos, os deputados Carlos Bezerra, Fabio Garcia de envolvimentos em casos onde teriam, supostamente, recebido vantagem indevida.