quinta-feira, 2/maio/2024
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Procedimento administrativo é autorizado contra procurador réu por corrupção em MT

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Ainda com paradeiro desconhecido, o procurador aposentado do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, será investigado nos próximos dias através de um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) que já foi autorizado pelo Colégio de Procuradores do Estado. Acusado de envolvimento no esquema de corrupção investigado na operação Sodoma, Chico Lima, como é conhecido, agora é réu na ação penal cuja denúncia foi recebida pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda.

A portaria da Corregedoria-Geral da Procuradoria Geral do Estado ainda precisa ser publicada no Diário Oficial do Estado para só então ser constituída a Comissão Processante. A expectativa é que a publicação ocorra nos próximos dias. Por enquanto, só houve a publicação da pauta com o pedido e depois a autorização para instaurar o PAD ainda em setembro.

A reportagem do Gazeta Digital apurou junto à Procuradoria-Geral do Estado que serão instaurados vários procedimentos em desfavor de Francisco Lima. Por enquanto não é possível saber a qual crime se refere o PAD que já foi autorizado.

Consta na denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) que o procurador aposentado era pessoa de confiança do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e possuía ligação direta com o peemedebista e agia a seu comando dentro da grupo acusado entre outras coisas por crimes de extorsão, lavagem de dinheiro e corrupção.

Um dos delatores do esquema, o empresário Frederico Müller Coutinho, dono do Grupo FMC Recuperação de Crédito, disse que descontou em sua factoring vários cheques do Grupo Tractor Parts, do outro delator do esquema, o empresário João Batista Rosa. O montante dos cheques chegava à quantia aproximada de RS 500 mil.

Os cheques, segundo o delator Frederico, foram levados até a sua empresa para operação e fomento pelo procurador aposentado, Francisco Gomes Filho, o Chico Lima, “pessoa essa que negociou os cheques na Factoring diretamente com o ex-sócio de Frederico, na pessoa de Filinto Müller, e que Chico Lima, disse que aquela seria para o grupo político de Silvai da Cunha Garbosa”.

Na operação Sodoma, deflagrada no dia 15 de setembro, o procurador não teve sua prisão decretada, mas a juíza Selma Rosane determinou que ele utilize tornozeleira eletrônica. Porém, Chico Lima estaria morando no Canadá e até o momento não existe a confirmação de quando virá ao Brasil para se manifestar e apresentar defesa no processo. A Delegacia Fazendária (Defaz), responsável pela investigação, ainda não informou detalhes sobre o paradeiro do procurador e nem a forma como vem trabalhando para notificá-lo pessoalmente sobre as investigações.

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