O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa, deputado estadual Oscar Bezerra (PSB), defendeu a condução coercitiva do ex-assessor especial da vice-governadoria, Rowles Magalhães. A deliberação da condução coercitiva deve ocorrer em sessão extraordinária, tendo em vista que a data para depoimento foi solicitada pelo próprio Rowles, por já haver desmarcado convocação para dia 1º de dezembro.
Magalhães é apontado como autor da denúncia de propina de R$ 80 milhões para implantação do modal Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e alegou compromissos pessoais para justificar ausência. Esta é a segunda vez que ele protocola documento através de seus advogados para remarcar a data.
Para o presidente da CPI, Rowles Magalhães age com desrespeito. “Na primeira vez justificou já ter compromissos agendados previamente e nesta segunda vez só alegou compromissos pessoais, e foi ele mesmo quem sugeriu esta data por estar vaga. Agora só nos resta deliberar a condução coercitiva, uma vez que não é segredo para ninguém, acusou jornalista de fazer chantagem e foi autor da denúncia de propina de R$80 milhões no VLT, então ele tem muito a esclarecer para esta CPI”.
O deputado foi enfático ao garantir que Rowles Magalhães deve depor em condução coercitiva. “Acredito que ele esteja querendo esconder algo sim, porque se não tivesse nada para esconder já teria vindo na primeira data, em 1º de dezembro. Agora ele escolheu a data e não veio, e tenho certeza que o envolvimento dele no processo é muito grande, pois representava a Infinity que doou projeto do VLT para o governo, participou de todas as negociações e conversações, foi apontado como lobista, então se não vier por bem, virá pela força policial”.