
Oficialmente, o principal motivo para o governador cogitar a troca de partido é a permanência do PDT na base de Dilma, apesar das críticas que ele faz ao governo federal, sempre defendendo que a legenda “pule do barco”. “Eu ainda acredito que ele deve ficar no PDT, porque nenhum outro partido oferece o espaço que ele tem no PDT em Mato Grosso”, afirma Zeca Viana.
Questionado sobre as críticas e cobranças de Taques à União, que justificariam uma mudança para partidos de oposição no âmbito nacional, o deputado avalia que a postura pode ser prejudicial ao Estado. “Seria uma infantilidade brigar com o governo federal. O Estado precisa do governo. Então eu vejo que é uma briga desnecessária e prejudicial. A gente não briga com quem está dando dinheiro para a gente”, disse antes de lembrar que o governador conseguiu garantias de que serão repassados nos próximos dias aproximadamente R$ 970 milhões para investimento em infraestrutura em Mato Grosso.
Na cúpula nacional do PDT, o caso de Taques foi discutido nesta semana. A legenda aguarda a decisão oficial. “Estamos aguardando e resolvemos dar tempo para ele pensar”, afirma Viana. Em abril, em uma rápida visita a Cuiabá, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, tentou acalmar os ânimos dentro da legenda em Mato Grosso, no que tange a essa crise entre Taques e Viana. No entanto, a conversa surtiu efeitos modestos. Viana afirma que a relação pessoal entre os dois acabou.


