segunda-feira, 20/maio/2024
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Presidente de Tribunal de Justiça cobra da OAB punição a advogado que agrediu juiz em fórum

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O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Rui Ramos Ribeiro, se reuniu, hoje, em Paranatinga (373 km ao sul de Cuiabá) com o juiz Jorge Hassib Ibrahim, agredido pelo advogado Homero Amilcar Nedel, de 59 anos, ontem dentro do próprio gabinete. O desembargador se inteirou do ocorrido e avaliou as medidas que devem ser adotadas. O juiz relatou que estava despachando em seu gabinete e o advogado, usando de suas prerrogativas, adentrou e o agrediu com um soco. Não há relatos de qualquer problema anterior entre as partes.

“Há alguns dias estivemos na Comarca de Nova Monte Verde para tratar desse mesmo assunto, agressão sofrida por um juiz. Nada justifica uma atitude dessa, ainda mais por parte de um advogado, que tem prerrogativas”, afirmou o presidente do tribunal, que classificou a atitude como inimaginável e inaceitável e espera que a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso (OAB-MT) tenha uma consideração muito grande com esse acontecimento. “Se fosse o inverso, o juiz teria sido afastado das funções imediatamente pela Corregedoria Geral da Justiça, não tenho a menor dúvida disso. Não se pode chegar a um ponto extremado desse nas relações, e o pior: na urbanidade. É nossa obrigação o trato com bondade, com educação a todos que nos procuram. Essa é uma questão de respeito e não se pode chegar a um ponto desses”, acrescentou.

O presidente reiterou que espera que as devidas medidas sejam tomadas pela OAB-MT. “Quero crer que as medidas sejam bastante rigorosas e tomadas com premência, com urgência, porque não se pode admitir que isso seja tratado como se fosse um fato corriqueiro. A situação é das piores possíveis, terá nossa especial atenção e a nossa enérgica consideração junto a Ordem dos Advogados”, salientou.

A OAB e a AMA -Associação dos Magistrados de Mato Grosso – criticaram, em nota, a agressão cometida pelo advogado, que foi preso. A OAB informou que o Tribunal de Prerrogativas está apurando o caso.

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