
Campos explicou que um possível impeachment da petista seria embasado por três pontos. “Basicamente crime de responsabilidade fiscal, em razão das pedaladas, a questão da operação Lava-Jato e, por último, a nomeação de Luís Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil, demonstrando intenção em atrapalhar as investigações. Neste caso, o processo de impeachment que está na Câmara versa até um certo ponto, por isso, defendo um pedido próprio, com base nestes novos elementos, que surgem a cada dia. A nossa propositura, da OAB Mato Grosso, perante o conselho federal foi para ingressar com um novo pedido”, afirmou.
Há expectativa pela decisão da OAB sobre um possível ingresso com pedido de impeachment, em razão do protagonismo que a entidade teve no processo que culminou com a renúncia do presidente Fernando Collor de Mello, em dezembro de 1992. Na ocasião, foi o pedido da ordem que deslanchou o processo.
Em caso de novo processo, a câmara teria que decidir se junta os novos argumentos ao pedido que já está sendo analisado pela comissão especial, instalada na última quinta-feira (17). A presidente Dilma Rousseff tem que entregar a defesa dela para a comissão, que já se reuniu no sábado. O prazo é contado de acordo com as sessões ordinárias da casa. Ainda faltam nove sessões antes de uma decisão final dos deputados.
O apoio da OAB ao impeachment foi decidido por meio de votação, na qual 26 seccionais foram favoráveis e apenas uma foi contra. O ex-presidente da Ordem, Marcelo Lavenere, também se manifestou contrário ao apoio.


