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Presidente da Câmara Cuiabá vai depor em CPI sobre superfaturamento

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O presidente da Câmara de Cuiabá, Deucimar Silva (PP), vai ser convocado a se explicar pessoalmente na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que lhe investiga diante da acusação de superfaturamento de compras feitas com recursos públicos. A aprovação da convocação deve ser feita amanhã, quando os membros da Comissão prometem fazer a primeira reunião oficial.

De acordo com o presidente da CPI, vereador Paulo Borges (PSDB), a convocação de Deucimar deve ser apenas um dos requerimentos que a Comissão pretende aprovar. Entre eles estão também a instituição de um cronograma de trabalho e requisição de documentos da Assembleia Legislativa, que teria viabilizado à adesão da Câmara aos pregões questionados pela oposição.

Paulo Borges rebateu ontem as críticas sobre a demora para instauração da CPI, que deverá aprovar também somente amanhã a resolução da Mesa que nomeou os membros da Comissão. Além dele, foram escolhidos o vereador Chico 2000 (PR) como relator e Everton Pop (PP) como membro titular das investigações.

O presidente da CPI nega os rumores de que, por ter sido escolhida pela Mesa Diretora, a Comissão beneficiaria Deucimar diante das investigações. “Não haverá nada disso que algumas pessoas falam. Vamos fazer o nosso trabalho dentro do prazo de 120 dias e investigar com isenção todas as denúncias”.

A CPI que investiga Deucimar foi criada depois que a Câmara cassou o mandato do ex-presidente Lutero Ponce (PMDB), que acusou o atual presidente de ser o grande articulador da cassação e atribuiu a insistência a uma briga pessoal. A Câmara tem protagonizado vários escândalos desde a gestão da deputada Chica Nunes (DEM), que presidiu o Legislativo nos anos de 2004 e 2005.

Outro lado – Deucimar Silva afirmou estar tranquilo com a instalação oficial da Comissão, que já foi criada há mais de duas semanas a partir do pedido do vereador Chico 2000, ligado ao grupo de oposição ao atual presidente da Câmara. O vereador do PR diz estar apenas fazendo o papel de fiscalizador diante da acusação de compras superfaturadas de cartões de visita para parlamentares.

 

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