A maioria das prefeituras de Mato Grosso decidiu fechar as portas por três dias, no período de 03 a 05 de maio, em apoio ao movimento Grito do Ipiranga, desencadeado nos municípios, devido a crise no agronegócio. Conforme o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, José Aparecido dos Santos, Cidinho, o objetivo da paralisação é reforçar o protesto promovido pelo setor agrícola em todo o Estado. “As prefeituras devem fechar em solidariedade aos produtores rurais pois a situação atual do agronegócio tem afetado diretamente a arrecadação dos municípios” garantiu.
Cidinho explicou que os prefeitos não se mobilizaram antes devido a participação na Marcha em Defesa dos Municípios, realizada em Brasília, semana passada. Segundo ele, os prefeitos decidiram manter em funcionamento apenas os serviços essenciais e emergenciais tais como a saúde pública, que permanece com seu atendimento normal, além dos setores que prestam atendimento à população de forma integral. E, para não prejudicar o calendário escolar, as escolas da rede municipal de ensino também deverão seguir com suas atividades normais.
Esta foi a maneira que os prefeitos encontraram para aderir ao movimento em defesa do agronegócio, cujo objetivo principal é sensibilizar o Governo Federal para que reveja a situação de crise no setor. O movimento dos agricultores vem acontecendo desde segunda-feira, 24, em várias cidades de Mato Grosso e já começa a ganhar a adesão de outros Estados. A paralisação das prefeituras também foi articulada junto a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), pois a expectativa é de que o movimento ultrapasse as fronteiras de Mato Grosso e ganhe dimensão nacional.