Os prefeitos Rodrigo Benassi (PRD), de Colíder, Toninho Tijolinho, de Itaúba (PSB), Vinícius de Oliveira (União), de Nova Canaã do Norte, e o vice-prefeito de Cláudia, Fernando Leitão (PL) tiveram audiência, ontem à tarde, com o presidente da Eletrobras, Antonio Pardauil, em Colíder, e avaliaram os impactos econômicos com o rebaixamento controlado do nível de reservatório da Usina Hidrelétrica de Colíder, que está em estado de alerta, desde a semana passada, após danos em quatro dos 70 drenos. As atividades de algumas marinas, por exemplo, onde ficam barcos de pescadores esportivos foram interrompidas porque barcos ficaram encalhados. Há relatos de peixes mortos.
Benassi avaliou que “haverá reflexos negativos em setores como turismo e pesca” e “empresas de marinas e pousadas já sentem os efeitos”, declarou, através da assessoria. O prefeito Tijolinho destacou a prioridade na segurança. “O impacto no rio é muito grande e as pessoas estão preocupadas. Mas não é para gerar medo. Não há risco de rompimento. É um alerta para evitar problemas futuros”, disse.
Vinícius de Oliveira ponderou que os municípios precisarão de apoio do Estado. “A preocupação é muito grande com os impactos. Já estive em Itaúba e senti o primeiro reflexo. Estamos cobrando da Eletrobras e também do governo estadual medidas de apoio aos municípios”, afirmou.
O prefeito de Cláudia, Marcos Feldhaus, informou, hoje, ao Só Notícias, que o impacto no município será em menor escala, dado que apenas 5% do lago da usina de Colíder fica no território da cidade, mas que ele acompanha a situação.
A usina, no Teles Pires, tem capacidade instalada de 300 MW, o reservatório ocupa área de aproximadamente 143,5 km², nos municípios de Colíder, Nova Canaã do Norte, Cláudia e Itaúba. A operação e manutenção foi realizada pela Copel até maio deste ano, quando a usina foi adquirida pela Eletrobras, hoje detentora do ativo.
Conforme Só Notícias informou, a operação de rebaixamento tem duração prevista de 33 dias, contados a partir da última quinta-feira (14). O nível do reservatório será reduzido a 257,5 metros – seu nível máximo normal corresponde à elevação de 272 metros. Atualmente, o ritmo de rebaixamento tem sido de cerca de 0,5 m por dia.
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