As autoridades e representantes engajados no movimento, denominado “Grito do Ipiranga”, levaram até o assessor do MInistério da Agricultura, Silvio Farnese, as reivindicações que julgam necessárias para driblar a crise instalada no setor.
Vaiado por várias vezes pelas cerca de duas mil pessoas que acompanharam as movimentação, Farnezi disse concordar com as reivindicações dos produtores, pois segundo ele, estamos passando por um momento de transição e que se deve esperar o ano de 2006 passar pra que as coisas normalizem
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Para o coordenador, ainda há alguns caminhos que o Governo Federal pode seguir com relação a agricultura do Estado de Mato Grosso. Conforme explicou, a saída seria que o Governo compre esses produtos e pague a diferença do preço, ou ainda, promova a remoção desses produtos para fora. “É natural termos um aumento no preço de um produto quando o removemos do local”, explicou.
Ainda em suas explicações e na tentativa de arrastar a decisão para o próximo ano, Farnezi disse que para a safra seguinte poderá ser feito um bolão com os Ministérios envolvidos na intenção de tentar diminuir os custos dos investimentos.
À portas fechadas e sem conseguir que as negociações avançassem, pois os agricultores mantêm-se irredutíveis em seu posicionamento, os representantes dos produtores rurais (políticos, produtores e representantes de todos os sindicatos) seguiram para uma reunião de trabalho onde elaboraram uma carta de reivindicações, que deverá ser entregue, ao Governo Federal pelo coordenador geral do Ministério da Agricultura.
Na carta eles colocam a verdadeira história do “Grito do Ipiranga” revelando que, na verdade, já estão mobilizados há 90 dias quando estiveram em Brasília para tentar negociar. Sem respostas do Governo Federal e certos de que a Medida Provisória (MP) 3364 não soluciona todos os problemas da classe, os agricultores resolveram se manifestar e dar início ao “Grito do Ipiranga” que já entra em seu quinto dia.
Na carta, também constam:
Renegociação imediata dos investimentos e custeio da produção, redução do preço dos combustíveis (óleo diesel), conclusão da BR 163, redução das taxas de juros, desoneração dos insumos agrícolas, garantia do preço mínimo aos produtores agrícolas, criar um dólar de exportação (assim como existe o dólar turismo), tratar a ferrugem asiática como epidemia, liberação do genérico, liberação dos transgênicos (algodão e milho) e AGF dos produtores por CPF.
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