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Prefeitos e deputados discutem criação parque no Nortão

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Em audiência com o secretário Estadual de Meio Ambiente (SEMA), Marcos Machado, o prefeito de Claudia, Altamir Kürten (PSDB) e os deputados Pedro Satélite (PPS) e Dilceu Dal Bosco (PFL), o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Silval Barbosa (PMDB) discutiram hoje a criação do Parque Estadual das Castanheiras, em Claudia. Uma nova reunião ficou agendada para o próximo dia 9, no município, quando o prefeito apresentará alternativas para a preservação do meio ambiente sem afetar a economia local.

Silval disse que a Assembléia vai acompanhar todas as discussões sobre a criação de novos parques no Estado. Ele lembra que, atualmente, a área do Parque das Castanheiras é formada por terras produtivas e regularizadas, diferente de alguns anos atrás. “Não vamos tomar nenhuma medida precipitada. Vamos discutir exaustivamente o assunto com a SEMA e todas as pessoas envolvidas”, afirmou o presidente.

Durante a reunião, Marcos Machado informou que a criação da reserva ambiental deve ter consulta pública, além de uma ampla discussão. Ele considera muito complicada a criação de um parque onde há títulos emitidos, áreas abertas e exploração de atividades econômicas. Por outro lado, argumenta o secretário, existem alternativas importantes, como por exemplo, a criação de reservas particulares com proteção do patrimônio natural, onde o Estado acaba ajudando a preservar.

“Somado tudo isso a um consórcio com os produtores poderemos chegar a um consenso sem litígio e conflito. Por isso, vamos à Claudia conhecer as alternativas e saber o que a sociedade pensa a respeito para apresentar ao governador elementos técnicos para que possamos tomar uma decisão”, explicou Machado.

O prefeito Kürten explicou que caso o parque seja criado de acordo com o tamanho proposto pelas Organizações Não Governamentais (ONGs) – cerca de 383 mil hectares, a economia local ficará inviabilizada. “A sociedade de Claudia propõe o reflorestamento às margens das matas ciliares, córregos e o plantio de Castanheiras, com isso vamos aumentar o número da espécie existente no município e ainda preservar os nossos rios”. 

Segundo Machado, a proposta do Zoneamento Econômico-Ecológico (ZEE) reconhece o local como uma área possível de preservação em torno de 172 mil hectares. “As ONGs propõem um parque que compromete 50% de Claudia, que atualmente tem 14 mil habitantes”, questionou o prefeito. No semestre passado, a Assembléia Legislativa devolveu o projeto do ZEE para alterações e atualmente a Embrapa trabalha proposta.

“Queremos implementar uma política integrada com a SEMA”, pediu o prefeito. Ele explicou que o município quer firmar parcerias para reflorestar cerca de 15 mil hectares, dando prioridade ao plantio de Castanheiras. Com isso, segundo Kürten, será possível explorar, no futuro, a madeira e “manter a preservação da Castanheira”, complementou.

Alegando incoerência na proposta, o deputado Pedro Satélite afirmou que é contra a criação desse parque nos moldes proposto pelas ONGs. “É uma falta de respeito o que elas (ONGs) estão propondo. A Green Peace presta um grande desserviço para o Brasil”, disse, ao acrescentar que é preciso preservar com consciência.

Da mesma forma, o deputado Dilceu Dal Bosco disse que a Green Peace aproveitou a sugestão do ZEE. “Ampliaram a sugestão, duplicaram a área do parque e ainda lançaram a idéia como se fosse prioridade do Governo Estadual. O que não é verdade. Estão usando desse artifício para emplacar a idéia deles que é a mesma dos organismos internacionais, dos países que querem comandar o nosso país, principalmente a Amazônia Legal”, disse, ao defender medidas que fomentem o desenvolvimento e preserve o meio ambiente.  

O secretário Marcos Machado informou também que o projeto de Zoneamento Econômico-Ecológico (ZEE) deve ser encaminhado ao Parlamento em novembro. Mas, vai depender da análise da Embrapa que está fazendo a consultoria em termos técnicos e econômicos sobre a proposta. “Essa é a nossa intenção. Não podemos entrar em 2006 sem a aprovação do projeto de Zoneamento. Senão não faremos uma política ambiental séria neste Estado”, concluiu Machado.

 

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