Um mês após reunirem-se em Alta Floresta para debater o Zoneamento Sócio-Econômico Ambiental de Mato Grosso, sob a perspectiva de que ele não ‘engesse’ o desenvolvimento, prefeitos do extremo Norte voltam a se encontrar hoje à tarde para uma nova rodada de conversações. O intuito é que desta reunião seja elaborado um documento que as lideranças pretendem apresentar na audiência do ZSEE, entre 7 a 9 de maio, também em Alta Floresta. As definições das novas regras para as atividades agrícola e pecuária têm mobilizado os gestores e parlamentares estaduais.
A secretária de Indústria, Comércio e Turismo de Alta Floresta, Célia Castro, disse que o percentual previsto no zoneamento para áreas de reserva legal também precisa ser revisto. A perspectiva é a mesma defendida por outras cidades que cobram maior abertura das áreas agricultáveis, ultrapassando os 20% atuais. No entanto, prefeitos argumentam também ser preciso rever o código brasileiro florestal, o que demanda esforços políticos em busca de resultados na esfera federal. “Estamos em uma região consolidada e não se permite ser considerada ainda como a se estivesse a consolidar. Esta é uma das bandeiras que defendemos”, declarou Célia, ao Só Notícias.
O prefeito de Colíder, Celso Banazeski, considera o zonemanto “extremamente importante para o futuro da região. O importante nessa discussão é que diretriz por diretriz seja analisada profundamente. Segundo o projeto, nossa região precisa de readequação do manejo. Isso é ruim ou bom. Nós temos áreas consolidadas também, mas qual o conceito de área consolidada? De onde virá o dinheiro para fazer a recuperação ou a mudança de cultura na produção, a recuperação das nascentes nas APPs? Precisamos colocar isso de forma bem clara na lei”, afirmou.
No mês passado, depois do primeiro encontro, os representantes comprometeram-se em dar continuidade, em suas respectivas cidades, às discussões acerca do zoneamento. A meta estabelecida pelos gestores é propor alterações no projeto do governo estadual, revendo alguns pontos e que seja considerada a realidade atual e resultados do passado para acertar as medidas futuras.