A Comissão de Revisão Territorial dos Municípios e das Cidades se reuniu ordinariamente na tarde desta quinta-feira, para avaliar os projetos de leis e discutir sobre os subsídios técnicos aos trabalhos da revisão dos limites municipais do Estado de Mato Grosso, do qual a engenheira cartógrafa do Instituto de Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso, Lígia Camargo proferiu uma palestra sobre o tema. Participaram ainda da reunião, os prefeitos de Alta Floresta, Maria Isaura (PDT), e de Carlinda, Orodovalo Antonio de Miranda (PV), deputados, além do técnicos da UFMT.
Na ocasião, a professora explicou que o Estado é dividido em 12 regiões de planejamento; a princípio estudadas as I e II: Noroeste (considerada a de número I) e a Norte (II). Fazem parte da região 1, os seguintes municípios: Aripuanã, Castanheira, Colniza, Cotriguaçu, Juína, Juruena e Rondolândia. Já Alta Floresta, Nova Bandeirantes, Apiacás, Nova Monte Verde, Paranaíta, Carlinda, Nova Guarita, Nova Canaã do Norte, Colíder, Novo Mundo, Peixoto de Azevedo, Guarantã do Norte, Matupá, Terra Nova do Norte e Nova Santa Helena compõem a região 2. “Os estudos mostram que as incompatibiliades territoriais estão relacionadas às grandes áreas que os municípios destas regiões possuem, seja ela, baixa densidade demográfica ou baixa eficiência”, avalia Lígia Camargo.
Para o presidente da comissão, deputado Percival Muniz (PPS), a pesquisa realizada pela UFMT comprova que há desigualdades sociais e econômicas em vários municípios de Mato Grosso. “Há pleitos que precisam ser apresentados e discutidos, porém, escolhemos começar por essas (I e II) duas regiões para ter uma noção do trabalho que o instituto desempenha no Estado”, afirma Percival.
Também foram apresentadas pela engenheira, as sínteses das potencialidades de cada município, onde o conhecimento da realidade da região de planejamento Noroeste I demonstra informações básicas que possibilitam distinguir sua homogeneidade. “A diversidade natural e sócio-econômica, por sua vez, visa a compreensão da sua estrutura e dinâmica, e embasa as proposições mais adequadas em relação a ocupação e uso do solo”, argumentou ela.
Após a palestra, ficou esclarecido que uma das principais soluções para esses municípios seria o manejo florestal sustentável. “Isso é importante para a recuperação dessas áreas”, lembrou Muniz.