A Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, aberta na segunda-feira, conta com participação efetiva de prefeitos de Mato Grosso, com comitiva estimada de aproximadamente 90 gestores públicos. A mobilização alerta para a “urgência sobre a revisão do bolo de distribuição de recursos, e o novo formato sobre o Pacto Federativo”. O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Valdecir Luiz Colle (PSD), o Chiquinho do Posto, lidera a representação do Estado, composta ainda pelo prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB). O Estado apresentará a “Carta de Mato Grosso”, durante o evento que segue até a próxima quinta-feira, com pedido de socorro para 141 prefeituras engessadas pela escassez de recursos. A presidente Dilma Rousseff (PT) deve participar da abertura do ato, hoje.
Colle se coloca na linha de frente dos gestores públicos do Estado e cobra uma ação emergencial. “As prefeituras de um modo geral, e estamos falando da quase totalidade, estão impedidas até de cumprir os projetos básicos, porque o sistema de distribuição de recursos é injusto. Nós de Mato Grosso não vamos nos curvar diante desse quadro. Precisamos de respostas e estamos sugerindo a revisão célere de vários pontos, como o Pacto Federativo”, destacou.
O prefeito Mauro Mendes confirmou agenda extensa em Brasília, deste ontem, e ainda sua participação na Marcha. Assim como os demais gestores públicos do Estado, ele reforça o pedido de mudanças profundas no modelo de repartição da verba pública. “Não temos como dar sequência a projetos e grandes investimentos sem uma alteração desse cenário. Questões como o aumento de 2% sobre o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), encontro de contas e ainda recursos para a área da saúde, são prioridades que precisam de respostas. Não dá para continuar só pedindo e recebendo promessas muitas vezes não cumpridas”, desabafou.
Representante do escritório da AMM em Brasília, Flávio Daltro (PSD), lembrou que “agora, com os protestos da população, é a hora de fazer união com os gestores públicos municipais e cobrar reais mudanças”. O evento tem como tema “O Desequilíbrio Federativo e a Crise nos Municípios”. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) coordena o evento.
(Atualizada às 10:14h)