O prefeito Adriano Pivetta divulgou uma carta reforçando os motivos para expansão da ferrovia de Rondonópolis até Nova Mutum. O documento é a última ação dos debates que ocorreram durante o fórum "Ferrovias e a Integração dos Modais”, realizado no último dia 23 de novembro. O gestor apontou que a região para exportar ou abastecer o mercado nacional enfrenta enormes dificuldades no escoamento da produção agropecuária de sua região polo que ultrapassa as 17 toneladas anuais de grão, algodão e 60% da produção de suíno está na ‘região-polo’.
Consta ainda no documento que a geração do Produto Interno Bruno (PIB) representa R$ 2,6 bilhões, resultado com renda perca pita de R$ 75,8 milhões (superior à média nacional). No entanto, o transporte é caro e impõe perdas, é demorado ou inviável. Com isso, o produtor acaba sendo onerado e a expansão da produção fica limitada e até mesmo comprometida. Pivetta afirmou que é necessária uma logística mais eficiente que permita acesso aos portos do Sudoeste e do “Arco Norte” por meio de eixos troncais de alta capacidade. O mais recente seria o moto ferroviário que está em Rondonópolis, mas distante a cerca de 700 quilômetros de Nova Mutum.
Por fim, o prefeito concluiu que o principal clamor de Nova Mutum é a urgência e a região reivindica e quer também ser protagonista das definições estratégicas dos palmos e dos projetos de empreendimento da ferrovia.
Conforme Só Notícias já informou, segundo o presidente da Companhia Ferroviária e de Logística Brasileira (Rumo), Júlio Fontana, o investimento previsto para expandir a linha férrea de Rondonópolis até Nova Mutum deve passar dos R$ 7 bilhões para construir mais de 680 quilômetros de trilhos, dependerá de investimentos e melhoramento na estrutura de trilhos, que passam por São Paulo para chegar até o porto de Santos (SP).
“Nós precisamos primeiro resolver o problema de São Paulo que tem um gargalo para ser resolvido para que possamos expandir a produção. Isso só será possível com a renovação da malha ferroviária paulista. Já está tudo bem encaminhado. Agora, estamos aguardando o posicionamento do governo federal para que possamos viabilizar isso. A extensão da ferrovia em Mato Grosso só se viabiliza com esses investimentos com a malha paulista para que ela tenha capacidade para absorver essa enorme produção que está acontecendo no Estado”, analisou.