Irredutível, à principio, mas com o anseio de ouvir o real propósito da comissão representativa do Sindicato dos Servidores Municipais, o prefeito de Sinop, Nilson Leitão, reiterou os 2,89% de reposição salarial ofertados anteriormente e propôs um novo teto de 4% aos funcionários públicos municipais.
Segundo Leitão, até agora, sua responsabilidade falou mais alto que sua vontade, por isso, para permanecer nos 4% concedidos será necessário sacrificar algumas obras que já estavam previstas e que dependerão de contrapartida do Município. “Minha ética impede que eu assuma uma coisa que não irá comprometer a mim, mas sim ao próximo prefeito”, pontuou dizendo que o próximo passo será encaminhar um Projeto de Lei para a devida apreciação e aprovação do Legislativo.
Munido de uma conversa e uma negociação iniciada, previamente, no período da manhã, o prefeito recebeu ainda esta tarde, os mesmos integrantes que se reuniram com os secretários de Governo, Helder Umburanas, de Administração, Hildebrando França e de Finanças e Orçamento, Astério Gomes.
Muitas conversas foram desencadeadas no gabinete do prefeito antes que o grupo conseguisse chegar a este denominador comum. De um lado, os sindicalistas expuseram suas angústias em relação à proposta inicial e de outro a administração pontuou todos os prós e contras de se conceder uma reposição acima da capacidade que o Município pode suportar.
Munido de informações que constavam da indecisão dos sindicalistas quanto à contra proposta em cima dos 2,89%, Leitão abriu as negociações dizendo que ele não é concursado, que seu cargo é eletivo e que os funcionários é que vão permanecer na Prefeitura, portanto eles é que deveriam escolher o que seria melhor à todos. “Mas antes, é preciso que vocês saibam que acabamos de sair de um leito hospitalar e ainda estamos em fase de recuperação”, completou.
As explicações também tiveram detalhes de como funciona a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), assim como suas sanções previstas, seguidos de informações de quando Leitão assumiu a Prefeitura. De acordo com ele, em 2001, o Município tinha cerca de R$ 22 milhões de dívida a serem pagas das quais R$10 já se amortizaram em seus sete anos de mandato, mas hoje isso não é mais permitido.
Certo de que é um dos gestores que mais concedeu reposições ao funcionalismo, Leitão elencou pontos que acredita terem beneficiado muitos servidores e setores. Como exemplo, o realinhamento dos salários dos garis e técnicos de enfermagem, assim como a elevação de nível dos professores, a correção das férias e muitos outros. “Nunca houve elevação de nível dos professores do Município, que já trabalham hoje com o benefício do Plano de Cargos Carreiras e Salário. Corrigi todas as férias que estavam vencidas quando assumi e nunca atrasei um dia de salário sequer”, finalizou.