O prefeito de Sorriso Ari Lafin (PSBD) disse que não autorizou o reajuste de 28% na tarifa de cobrança de água e coleta de esgoto. Segundo ele, várias atas foram feitas no ano passado e já possibilitam condições plenas de na hora certa “pedir a retomada das águas (concessão). Porém, precisamos ir devagar e entender o por que está ocorrendo cobrança abusiva. Existem os disparos automáticos dos preços e os fatores (ligações clandestinas) que estão sendo investigados. Não tenho dúvidas que se o município entrar com uma ação no próximo ano terá condição muito grande ter essa concessão de volta”.
O secretário de Cidades, Leonardo Zanchetta explicou, ao Só Notícias, que o conselho de saneamento está insatisfeito com a prestação de serviços da Águas de Sorriso. “O reajuste de 28% foi apresentado ao conselho que fez um levantamento dos últimos que ocorreram e entendeu que não era cabível esses 28%. Com isso, foi criada um reajuste padrão de acordo com Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Cada ano terá um calculo anual”.
Ainda de acordo com Zanchetta, a empresa precisa cumprir alguns termos do contrato “a contento. A empresa tem Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público que vence em dezembro. Eles precisam cumprir certas demandas, mas vão conseguir. Estão sendo analisadas as condições de legalidade. A empresa nos repassou que atende 38% da rede de esgoto. Porém, tem que atender 90% até final deste ano”.
Outro lado
A assessoria da Águas de Sorriso informou que desde que “assumiu os serviços na cidade, em 2012, investiu mais de R$ 20 milhões nos sistemas, garantindo o abastecimento de água tratada com qualidade e regularidade para 100% da área urbana. Sobre a rede de esgotamento sanitário, já foram investidos mais de R$ 80 milhões nos últimos anos, garantindo uma cobertura em torno de 40% do serviço. A empresa ressalta que, ciente da necessidade de ampliação imediata desta cobertura, repactuou metas, mas diante de atrasos ocorridos pela liberação de área de construção e capacidade de fornecedores, fatos que independiam da ação da concessionária, será necessário estender prazos. Atuando de maneira transparente, a empresa já buscou a prefeitura para apresentar a execução de um novo cronograma de obras buscando antecipar a universalização do serviço. Quanto a alegações sobre rompimento de contrato, a empresa ressalta que atua no município de maneira transparente, dentro da legalidade e segurança jurídica. Aberta ao diálogo, a concessionária é presença constante em reuniões do Conselho de Saneamento do Município, sempre pautada em soluções que beneficiem a população”.
A assessoria esclareceu ainda que foi aprovado pelo Conselho Municipal de Saneamento como indicador para o reajuste dos serviços de água e esgoto, o Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM), que leva em conta, entre outros fatores, a inflação do período. Este mês, foi aplicado índice para correção monetária de 3,86%.
(Atualizada às 10:52h em 25/10)
