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Prefeito de Sinop se irrita e ironiza investigação Ararath da PF sobre corrupção

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O prefeito de Sinop, Juarez Costa (PMDB) quebrou o silêncio e se pronunciou  sobre as investigações da operação Ararath, da Polícia Federal, onde é denunciado pelo empresário Junior Mendonça, que afirmou ter feito empréstimo de R$ 500 mil para que o prefeito "comprasse uma sentença", do então presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Evandro Stabile, e não fosse cassado. Na sexta-feira à tarde, Juarez ironizou a investigação da PF e declarou que o processo relativo  a suposta compra de votos com vales combustíveis (do primeiro mandato), já foi extinto, não vendo “sentido” na denúncia.

“Meu nome foi colocado lá, de uma coisa que já se falou tantas e tantas vezes. É de alguém que disse, disse, disse e nada se comprovou. Acho engraçado que colocam as coisas e quando acontece a favor do político não se coloca. Colocaram que a justiça arquivou processo contra o prefeito ? Então é isso, não tem mais nada. Ararath ?, não sei o que é isso, não se é nome de bicho, o que é. Ararath para mim deve ser bicho, não sei o que é", rebateu Juarez, ironizando o nome dado pela PF na investigação que já chegou ao Supremo Tribunal Federal e resultou nas ordens de prisões do deputado José Riva e do ex-secretário de Fazenda Eder Moraes (que continua preso) e um ex-superintendente de banco envolvido. "Não conheço esse cidadão [Júnior Mendoça]. Tenho toda tranquilidade”, declarou o prefeito, referindo-se ao operador dos empréstimos fraudulentos. Juarez também embrou o período em que administrou a cidade por força de liminar.

Juarez também não escondeu a irritação: “Um cara que fez o primeiro mandato 3 anos e 7 meses sendo cassado, ganhou por 7 a 0, que ganhou no Tribunal Regional Eleitoral, no Supremo Tribunal Federal, em Sinop, todas as instâncias da justiça, querem perguntar ainda sobre Ararath?”.

Conforme documento que Só Notícias divulgou, o delegado da Polícia Federal, Wilson Rodrigues da Silva Filho, que também trabalha nas investigações na Operação Ararath, apontou no inquérito, em março passado, que "há fortes indícios para que o prefeito de Sinop, Juarez Costa (PMDB), seja indiciado por corrupção ativa", após a denúncia do empresário (veja reprodução de documento abaixo).

O empresário Gersio Junior, conhecido como Junior Mendonça, que operava empréstimos fraudulentos (juntamente com Eder Moraes) e eram pagos com recursos públicos, disse para a Polícia Federal, em depoimento, que foi procurado, em 2009, pelo membro do TRE, Eduardo Jacob, "orientado pelo governador Silval Barbosa" para levantar a quantia emprestada de R$ 500 mil para pagamento de propina para Evandro Stabile" com objetivo de "resolver o problema da cassação de Juarez". Consta no inquérito que Stabile recebeu ação cautelar onde Juarez recorria da cassação, em 30 de junho de 2009, às 17:52hs e às 17:58hs foi encaminhada decisão (liminar) à secretaria judiciária do TRE, despachada por Stabile, para que o prefeito sinopense continuasse no cargo.

Junior Mendinça também apontou, em depoimento, que Juarez "estava com medo de trazer elevada quantia de Sinop", tendo feito o empréstimo a Eduardo Jacob e recebido cheque como garantia. "O empréstimo teria sido pago também em espécie, por este, tendo resgatado título de crédito como garantia".

A ação que Juarez afirma ter ganho nas instâncias superiores para não ser cassado foi a que Stabile despachou. O desembargador está afastado das funções há mais de 2 anos, desde que a Polícia Federal desencadeou a Operação Assafe (investigando venda de sentença) e Stabile foi investigado pelo despachado dado favoravelmente ao prefeito sinopense. Agora, na outra operação da PF, a Ararath, Stabile e Juarez Costa voltam a ser acusados.

 

 

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