No recurso que protocolou no Tribunal de Justiça, a prefeitura pediu a abertura das missas e cultos em Sinop, com imposição de medidas restritivas de distanciamento e limitação de capacidade a 30%. A informação foi confirmada, ao Só Notícias, pela prefeita Rosana Martinelli (PR). “Estamos pretendendo voltar com as medidas restritivas de 30% e respeitando o distanciamento. Nesta ação em que estamos recorrendo é para que a gente possa também estar liberando as missas e cultos”, explicou.
O recurso à decisão do desembargador Márcio Vidal, que suspendeu a autorização para funcionamento das feiras livres, bem como do consumo local em bares, restaurantes, padarias, conveniências e similiares, “que implicarem em aglomeração de pessoas”, foi determinado pela prefeita à Procuradoria Geral do município e já protocolado no Tribunal de Justiça. Na última terça-feira, Vidal derrubou uma liminar do juiz Mirko Gianotte, que, na semana passada, havia autorizado o funcionamento dos estabelecimentos até às 22h e com 30% da capacidade.
Mirko, por outro lado, havia proibido o funcionamento de academias de ginástica, missas e cultos, e determinou que os supermercados limitem 3 pessoas por seção, com distância de 1,5 metro uma da outra como medida de prevenção e disponibilização de álcool em gel. Mirko explicou na decisão que buscava “equilibrar o movimento da economia com as medidas de segurança”, buscando uma “agenda de bom senso”.
Rosana ainda disse que acredita no retorno das aulas ainda antes da data prevista inicialmente, que era 30 de abril. “A gente tinha colocado dia 30, mas estamos nos organizando para voltar às aulas no dia 27. É claro que estamos acompanhando a evolução dos casos, tem que ter muita responsabilidade, não dá para prever muitos dias antes. Mas a nossa previsão é essa. Estamos estudando como faria essa volta. De repente, fazendo uso da máscara. Ainda não definimos. Nossa intenção é que Sinop volte à normalidade com a responsabilidade e os cuidados preventivos”.
As aulas em Sinop estão suspensas desde o dia 16 de março. Conforme Só Notícias já informou, anteriormente, a secretária de Educação, Esporte e Cultura, Veridiana Paganotti descartou a possibilidade da pasta adotar aulas on-line na rede municipal de ensino composta por mais de 17 mil estudantes e cerca de 900 professores. A pouca idade dos alunos é um fator desfavorável ao método. “Nossos alunos são muito pequenos, trabalhamos com ensino fundamental 1, que engloba até o 6º ano, é difícil que consigam fazer atividades sozinhos, precisam do auxílio de professores”, disse.
“Não é viável para se fazer porque também tem a parte financeira dos pais, que não é muito adequada a essa nova realidade de coisas on-line, nem culturalmente porque a maioria não consegue auxiliar os alunos, e também em relação a parte de não ter internet, ou ter somente um telefone, que precisa ser recarregado para essas crianças terem acesso a informação”, acrescentou, na ocasião.
