O ano passado terminou com um motivo de orgulho para os moradores de Várzea Grande e com uma vitória na rixa histórica que o município tem com a capital Cuiabá. A prefeita Lucimar Campos (DEM) sancionou uma lei, no dia 30 de dezembro, que obriga os pilotos e comissários de bordo de todas as companhias a anunciarem, assim que o avião pousar no aeroporto internacional Marechal Rondon, que estão em solo várzea-grandense e não cuiabano, como é feito habitualmente por comandantes de voos comerciais.
A lei foi proposta pelo vereador Rogério Martins (PV) e foi aprovada em novembro passado com 18 votos. Trecho da norma diz que o objetivo é manter a “identidade do município de Várzea Grande aos que aqui chegam ou passam”. O parlamentar espera que a lei sancionada chegue às autoridades aeroportuárias e a todas as companhias aéreas que operam no maior aeroporto de Mato Grosso.
Cuiabá e Várzea Grande são as duas maiores cidades de Mato Grosso e separadas pelo rio que leva o nome da capital. O aeroporto fica em solo várzea-grandense, a cerca de cinco quilômetros de Cuiabá. As companhias aéreas vendem passagens para Cuiabá, destino ainda anunciado no momento do pouso.
Pela proximidade, a rixa entre as cidades é grande, principalmente no aspecto cultural. Este ano, uma lei que tornou o pacu, existente nos rios das duas cidades, prato típico de Várzea Grande, dividiu opiniões e desagradou aos cuiabanos, que reclamaram da lei considerando-a inútil. Do “outro lado da ponte”, a norma foi comemorada.
