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Prefeita de Alta Floresta recua mas servidores cogitam paralisação

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O problema que quase levou servidores da Secretaria de Obras do município a paralisar as atividades no mês passado, a não incorporação de horas-extras aos salários, ainda não foi resolvido pela administração municipal. Em reunião com a prefeita Maria Izaura, os trabalhadores ouviram que havia uma preocupação em solucionar a questão e que se tratava de uma injustiça com os servidores. Da reunião foi agendado um encontro com secretários e com representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais para estudar mecanismos para resolver o impasse.

Na última segunda-feira, durante uma reunião de trabalho, o presidente do Sispumaf Humberto Barbosa Ferreira foi informado pela prefeita Maria Izaura que não haveria meios para resolver o problema. “Ela disse que não está em condições de fazer nada. Eu preferia que ela dissesse isso para o servidor, fosse conversar com o servidor e passasse pra ele a posição dela. Naquele momento, ela deixou claro para os servidores que ia fazer o possível pra que isso desse certo”, explicou.

Para o presidente do sindicato, o que a categoria está pedindo não é nada daquilo que a prefeitura não possa fazer. Humberto defende um novo encontro entre servidores, sindicato e a prefeita, para que haja o esclarecimento devido para as partes. Nos levantamentos feitos pelo sindicato, o impacto que a medida traria à folha salarial seria insignificante perto do benefício que o servidor teria com a iniciativa. Com a incorporação de horas-extras, o trabalhador não fica desassistido em caso de afastamento ou mesmo para aposentadoria.

Com o recuo da prefeita, a decisão de paralisação dos funcionários da Secretaria de Obras volta à mesa de discussão, medida que será avaliada pela categoria após um novo encontro nos próximos dias.

“Eu acho que foi até falta de respeito com o servidor. Ali são pessoas que estão recebendo salários baixos, digamos, uma miséria em relação ao que faz, há pessoas que trabalham mas não tem condições nenhuma de trabalho”, lamentou.

“Eu nao vejo outra alternativa”, concluiu Humberto, ao falar sobre a possibilidade de paralisação.

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