O processo de desfiliação do senador Blairo Maggi do PR para ingressar no PMDB está parado, aguardando parecer do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à respeito da legalidade. Um “problema” que o secretário-geral da legenda republicana no Mato Grosso, deputado Emanuel Pinheiro, afirmou ter alertado para ele, como advogado, há pelo menos 30 dias. A discussão está em torno da minireforma eleitoral, se ameaça ou não o mandato dele por infidelidade partidária.
Apesar do imbroglio, Emanuel ressaltou que a definição de Maggi em deixar o PR foi sem qualquer desavença e não há intenção de contestação do mandato na Justiça, ao menos pela sigla. “Alertei ele como advogado, estudei a minireforma eleitoral publicada no dia 29 de setembro, liguei e falei: Maggi, você ainda não se desfiliou no PR, avalia se seu mandato não pode ser questionado, se não pode trazer problemas com o Ministério Público”, disse ao Só Notícias.
Com a paralisação do processo e eventual parecer negativo do TSE à respeito da troca de siglas, Emanuel ressaltou que o partido não descarta Maggi continuar na legenda. “Se for da vontade dele, não vamos deixar de lutar para que continue”, afirmou. “ Do PR ele está saindo pela porta da frente, foi tudo conversado, acordado com diretório regional, na cúpula nacional, foi discutido. Tem nosso respeito e compreensão. Se ele marcou a filação foi porque teve respaldo, mas agora é com o TSE”, acrescentou.
Na semana passada, em Brasília, Blairo participou de solenidade que marcou o início do processo dele para a ida ao PMDB. Participaram, entre as autoridades, o ex-presidente da República José Sarney, o vice-presidente da República Michel Temer e dos presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros e Eduardo Cunha, respectivamente.